Centenas de ciclistas nus percorreram as ruas da Cidade do México no sábado (8) para protestar contra a cultura do carro e exigir direitos para os ciclistas.
Os manifestantes, alguns completamente nus e outros em roupas íntimas, fizeram o seu caminho através da cidade congestionada pelo trânsito para participar do World Naked Bike Ride para promover o uso de bicicletas em vez de automóveis e exigir respeito aos ciclistas.
Parte da ideia do movimento é tornar os ciclistas mais visíveis e conscientizar os motoristas sobre a segurança destes.
“Essa passeata é um protesto”, disse Mayte, uma das manifestantes. “Seu propósito é conscientizar o público sobre o uso de hidrocarbonetos e quão frágil é o corpo de um ciclista quando compartilhamos as estradas”, acrescentou.
Nos últimos anos, a Cidade do México, uma das maiores e mais poluídas cidades do mundo, lançou um ambicioso esquema de compartilhamento de bicicletas para os cidadãos e construiu ciclovias para combater a famosa cultura automobilística da cidade.
Embora o uso de bicicletas esteja aumentando, os acidentes envolvendo ciclistas e carros são frequentes e às vezes fatais. Os ciclistas dizem que precisam de infraestrutura melhor e mais segura, incluindo mais ciclovias.
Pelas ruas de Londres
As ruas da capital inglesa também foram tomadas por protestos. Manifestantes nus em bicicletas se uniram para realizar atos contra a cultura centrada em carros e celebrar a positividade corporal.
O World Naked Bike Ride (WNBR), que em 2024 completa 20 anos, tem como objetivo demonstrar a vulnerabilidade dos ciclistas, protestar contra a dependência global de petróleo e criar uma atmosfera divertida e livre para os participantes e espectadores.
A passeata começou em diversos pontos da cidade, antes de se unir em um grupo de mais de mil ciclistas que pedalaram até o ponto final no Wellington Arch.
A rota foi desviada de seu caminho normal ao longo da Westminster Bridge para evitar dezenas de milhares de manifestantes pró-Palestina que marchavam em direção às Casas do Parlamento.