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PCAC intensifica ações no combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes

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Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Decav), um espaço de proteção e apoio para os mais vulneráveis. Foto: Assessoria/PCAC

Com a proximidade do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, lembrado em 18 de maio, a Polícia Civil do Acre (PCAC) dá início a uma série de iniciativas em todo o estado para conscientizar e combater esse grave problema social. Por meio de ações tanto ostensivas quanto educativas, a PCAC busca promover a proteção das crianças e adolescentes contra esse tipo de violência.


Na terça-feira, 7, a equipe da Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Decav) realizou uma roda de conversas no auditório da própria delegacia. O encontro, organizado pelo Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, contou com a participação de diversos órgãos e entidades, incluindo conselhos tutelares, secretarias de Assistência Social, Direitos Humanos, Educação e da Mulher, Tribunal de Justiça, Centro de Defesa dos Direitos Humanos e Educação Popular, além da Pastoral da Criança.


O objetivo desse evento foi apresentar o trabalho desenvolvido pela Polícia Civil no enfrentamento desse tipo de violência e promover uma discussão ampla sobre estratégias para reduzir os índices de exploração sexual de crianças e adolescentes no estado.


Delegada Carla Fabíula Coutinho destaca a determinação e compromisso na luta contra o abuso infantojuvenil. Foto: Assessoria/PCAC

 
A delegada Carla Fabíola Coutinho, titular da Decav, destacou a importância dos esforços da delegacia para coibir esse tipo de crime. “Estamos empenhados em proteger nossas crianças e adolescentes, oferecendo um ambiente acolhedor e seguro para que possam denunciar e receber o suporte necessário para superar essas situações de violência”, afirmou.

Além disso, a delegada Juliana de Angelis enfatizou os esforços da instituição para melhorar o atendimento às vítimas, especialmente com a estruturação das delegacias e a implementação do projeto Bem-Me-Quer. “Estamos trabalhando para garantir que todas as vítimas de violência sexual sejam atendidas com dignidade e respeito, proporcionando um ambiente seguro e acolhedor para o registro de denúncias e o acompanhamento dos casos”, declarou.


Delegada Juliana de Angelis enaltece o fortalecimento dos atendimentos às vítimas com empatia e respeito. Foto: assessoria/ PCAC

 
O governo do Acre, por meio da PCAC, tem desenvolvido um trabalho diferenciado com a Delegacia Especializada de Atendimento às Vítimas, que completou um ano em abril de 2024. Esta delegacia conta com uma estrutura humanizada, composta por uma brinquedoteca, profissionais como psicólogos e assistentes sociais, além da equipe policial composta por agentes, escrivães e delegados.

No interior do estado, o projeto Bem-Me-Quer oferece um ambiente acolhedor para receber as vítimas de violência, auxiliando na condução dos casos. Atualmente, esse projeto foi implantado nas delegacias de Sena Madureira e Manoel Urbano, e está em fase de conclusão para ser implementado em outros municípios acreanos.


O encontro visa promover um diálogo entre as instituições que tratam do tema de abuso sexual a crianças e adolescentes. Foto: Assessoria/PCAC

 
Apesar dos esforços empreendidos, os números relacionados à violência sexual praticada contra menores ainda necessitam ser reduzidos. Segundo dados do Departamento de Inteligência da PCAC, em 2022 foram registrados 496 boletins de ocorrência de violência sexual contra crianças e adolescentes, enquanto em 2023 houve uma leve redução para 487 casos.

O levantamento aponta, ainda, que de janeiro a abril deste ano, já foram contabilizados cerca de 116 boletins de ocorrência em relação aos casos de violência sexual infantojuvenil. O estudo revela também que, de 2022 a abril de 2024, na capital, foram registrados 442 casos, enquanto no interior, foram 657. Dos casos apresentados, 94% envolvem crianças e adolescentes do sexo feminino, sendo que a faixa etária mais afetada é de 12 a 18 anos.


A Polícia Civil do Acre reafirma seu compromisso em combater essa grave forma de violência, buscando sempre proteger e garantir os direitos das crianças e adolescentes do estado.


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