Com a proximidade do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, lembrado em 18 de maio, a Polícia Civil do Acre (PCAC) dá início a uma série de iniciativas em todo o estado para conscientizar e combater esse grave problema social. Por meio de ações tanto ostensivas quanto educativas, a PCAC busca promover a proteção das crianças e adolescentes contra esse tipo de violência.
Na terça-feira, 7, a equipe da Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Decav) realizou uma roda de conversas no auditório da própria delegacia. O encontro, organizado pelo Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, contou com a participação de diversos órgãos e entidades, incluindo conselhos tutelares, secretarias de Assistência Social, Direitos Humanos, Educação e da Mulher, Tribunal de Justiça, Centro de Defesa dos Direitos Humanos e Educação Popular, além da Pastoral da Criança.
O objetivo desse evento foi apresentar o trabalho desenvolvido pela Polícia Civil no enfrentamento desse tipo de violência e promover uma discussão ampla sobre estratégias para reduzir os índices de exploração sexual de crianças e adolescentes no estado.
Além disso, a delegada Juliana de Angelis enfatizou os esforços da instituição para melhorar o atendimento às vítimas, especialmente com a estruturação das delegacias e a implementação do projeto Bem-Me-Quer. “Estamos trabalhando para garantir que todas as vítimas de violência sexual sejam atendidas com dignidade e respeito, proporcionando um ambiente seguro e acolhedor para o registro de denúncias e o acompanhamento dos casos”, declarou.
No interior do estado, o projeto Bem-Me-Quer oferece um ambiente acolhedor para receber as vítimas de violência, auxiliando na condução dos casos. Atualmente, esse projeto foi implantado nas delegacias de Sena Madureira e Manoel Urbano, e está em fase de conclusão para ser implementado em outros municípios acreanos.
O levantamento aponta, ainda, que de janeiro a abril deste ano, já foram contabilizados cerca de 116 boletins de ocorrência em relação aos casos de violência sexual infantojuvenil. O estudo revela também que, de 2022 a abril de 2024, na capital, foram registrados 442 casos, enquanto no interior, foram 657. Dos casos apresentados, 94% envolvem crianças e adolescentes do sexo feminino, sendo que a faixa etária mais afetada é de 12 a 18 anos.
A Polícia Civil do Acre reafirma seu compromisso em combater essa grave forma de violência, buscando sempre proteger e garantir os direitos das crianças e adolescentes do estado.