A Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE), por meio do Centro de Apoio do Surdo (CAS), está promovendo um curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para educadores da rede estadual, entre eles professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), regentes, mediadores, assistentes educacionais e assessores pedagógicos.
São cerca de 57 inscritos, todos de Rio Branco. As aulas acontecem às terças e quintas-feiras, das 19h às 21h, na Escola José Rodrigues Leite e abordam a teoria e a prática da Libras, visando atender a uma necessidade identificada pela SEE.
“A maioria desses profissionais foi aprovada no último concurso. Muitos estão trabalhando na sala de recursos e muitas vezes não têm um conhecimento amplo da Libras. Por isso, estamos oferecendo este curso básico, para que possam melhor atender seus alunos”, explica Lucilene Santiago, uma das professoras intérpretes de Libras que ministra o curso.
Atualmente, a rede estadual atende 46 estudantes surdos em Rio Branco. Ana Maria Santiago, professora da sala de recursos do Colégio Acreano, conta que é umas das profissionais que há pouco tempo passou no concurso público e que o curso vai ajudá-la a atualizar seu conhecimento em Libras: “Quando descobri que tinha uma aluna surda, fiquei um pouco apreensiva porque não sabia como trabalhar com ela. Agora, com o curso, estou me atualizando e aprendendo mais sobre a língua”.
A outra professora responsável pela turma, Débora Nolasco, que também é surda, especialista em Libras e atualmente mestranda na área, destaca que a comunicação com o aluno surdo é essencial para estimular o aprendizado e a aquisição da Libras como primeira língua e do português escrito, como segunda. “O professor precisa desse conhecimento para ensinar o aluno surdo. Mesmo com todos os desafios, o conhecimento precisa chegar ao aluno surdo”, ressalta.
Para Gleiciane Souza, assessora pedagógica do Departamento de Educação Especial, que também participa das aulas, o curso vai ao encontro do objetivo da SEE, que é levar a inclusão, em todos os aspectos, para dentro das escolas da rede estadual. “Esse curso possibilita aos profissionais estarem mais perto dos alunos e favorece a inclusão não só na sala de aula, mas também fora dela”, afirma.