Lutas clandestinas em espaços públicos na Zona Norte de São Paulo viraram uma tendência perigosa entre adolescentes. Com luvas de boxe nas mãos em meio a um “ringue” improvisado, jovens se enfrentam com um único objetivo: ver quem cai primeiro.
Os ‘confrontos’ geralmente acontecem no período da noite em espaços como praças e postos de gasolina, segundo reportagem do jornal O Globo. Embora ocorram com mais frequência na capital do estado de São Paulo, as lutas já se espalharam para outros Estados do Brasil e já estão presentes também nas regiões Norte e Nordeste.
Ali, ninguém tem técnica ou conhecimento em artes marciais. Para participar do evento, basta fazer uma inscrição e passar por um sorteio feito pelos organizadores dos combates. A prática não se enquadra em um crime do código penal brasileiro por conta do consentimento de ambas as partes.
Mas, se caso um dos envolvidos sentir a integridade física comprometida, pode procurar uma delegacia e abrir um boletim de ocorrência.
As condições desses eventos são precárias e, por não se tratarem de uma “luta” com regras e organizações de profissionais, caso um dos envolvidos sinta a sua integridade física prejudicada, a ação pode ser considerada uma briga de rua e configurada como crime de acordo com o Artigo 129 do Código Penal, que diz que é crime ofender a integridade corporal ou a saúde de outra pessoa. Se autuados, os envolvidos podem pegar pena de detenção de três meses a um ano.
Fonte: Terra