A prefeitura de Rio Branco entregou nesta terça-feira, 26, uma van para atendimentos de saúde nas ruas da capital, com foco na população de rua. O veículo, adquirido com recursos próprios pelo valor de R$ 584.490,00, está equipado para atendimentos clínico laboratorial e vacinação.
O prefeito da capital Tião Bocalom disse que o Consultório na Rua deve melhorar a qualidade de vida da população de rua e evitar complicações de doenças. “Muitas vezes essa população só recebe atenção médica quando sofre um ataque, ou quando é carregada até o Pronto-Socorro. A partir deste consultório, uma equipe vai poder fazer um acompanhamento de saúde dessas pessoas, evitando que cheguem a um estado crítico”, disse o prefeito.
Segundo a secretária de saúde do município Sheila Andrade, a equipe de profissionais que vai atender na van é composta por um enfermeiro, um técnico de enfermagem, dois psicólogos, um educador social e um motorista. Os serviços oferecidos estão vinculados à Unidade de Referência da Atenção Primária Dra. Cláudia Vitorino, no Taquari. “Estamos felizes porque esse projeto já existe deste 2012, mas os profissionais atendiam de forma precária, pré-natal no chão, puxávamos cortina pra fazer PCCU. Mas hoje vamos ter um equipamento pra fazer atendimento em locais variados, principalmente porque o foco é o tratamento de pessoas em situação de rua, pra atender com dignidade essas pessoas. O município ganhou também, para esse consultório, um médico do programa Mais Brasil, que deve chegar em breve”, disse Sheila.
Janes Peteca, presidente do Movimento Nacional de Pessoas em Situação de Rua, disse que o veículo vai prestar um serviço de suma importância, mas que outras necessidades precisam ser atendidas. “É claro que para uma população que não tem nada, essa van ajuda muito. Mas ainda tem gente em Rio Branco comendo cachorro, guardando carro pra não voltar pro crime, e outras necessidades. Em março, por exemplo, uma mulher morreu nas ruas de Rio Branco por hipotermia, durante aqueles dias de chuvas intensas. Essa van ajuda, mas é necessário combater outras formas de sofrimento”, ressaltou.