Com o nível do Rio Acre baixando 15 centímetros desde às 18 horas de ontem (6), os mais de 4 mil desabrigados que estão em escolas e no Parque de Exposições, além de milhares de desalojados que optaram em se abrigar na casa de parentes e amigos em Rio Branco, começam a “sonhar” com a volta para os seus lares.
No entanto, o momento ainda é muito delicado. Primeiro, porque a enchente não terminou. Pelo contrário, o atual nível é o quarto maior já registrado na história da capital acreana. O segundo fator é que há previsão de chuvas para os próximos dias, o que pode fazer com que o rio oscile e volte a subir um pouco.
O terceiro e mais importante motivo é a questão da segurança. A Defesa Civil da capital acreana afirma que só autorizará o retorno das famílias desabrigadas para suas residências quando houver uma margem segura.
“A cota de alerta (13,5m) não é nem de longe um nível seguro. Esperamos que o rio continue baixando o mais rápido possível, entendemos a vontade de todas as pessoas em retornar para seus lares, mas precisamos ter responsabilidade e só podemos pensar nisso a partir do momento em que o Rio Acre atingir a cota de pelo menos 11 metros”, diz Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil.