A enchente que assola Rio Branco e mais 18 municípios acreanos não causa prejuízos apenas às famílias afetadas diretamente pela cheia do Rio Acre, mas também a classe empresarial. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Acre (ABiH/AC), Diogo Lemos, revelou ao ac24horas nesta sexta-feira, 8, que os prejuízos com perda de receita ocasionada pela enchente na capital acreana deve chegar a R$ 5 milhões.
Com 10 hotéis associados, Lemos explicou que com o início da enchente, a rede de hotelaria recebeu uma alta demanda de cancelamentos de reserva. Segundo ele, somente nos últimos 15 dias, mais de 50% das reservas foram canceladas, ocasionando o prejuízo de R$ 3 milhões.
“Primeiro os hotéis ficaram alagados e tiveram que fechar ou ainda estão alagados e ilhados. Com isso, teve que fechar, cancelar reservas, pois a enchente impedia o acesso. Tivemos um índice de cancelamentos muito alto nesse período da enchente, de aproximadamente 50% das reservas para a 1° quinzena de março”, declarou.
O representante ainda mencionou que para piorar a situação, ainda teve o cancelamento do concurso da secretaria de fazenda, gerando mais cancelamentos de reservas já agendadas. “O prejuízo financeiro que a rede de hotelaria vem amargando chega a R$ 3 milhões em 15 dias apenas. Se levar em conta o mês de março, o prejuízo chega a R$ 5 milhões em perda de receita”, afirmou.
A reclamação não para aí: Lemos diz também que diversas entidades representativas do setor de hotelaria, parques e destinos estão se mobilizando para alertar sobre os impactos negativos da extinção do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE). “O benefício era a isenção dos impostos federais por 5 anos, começou em 2022 e terminaria em 2027, o governo fez essa retirada do benefício por meio da medida provisória. O setor foi o mais afetado na pandemia”, ressaltou.