O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos do Brasil (ApexBrasil), Jorge Viana, foi entrevistado na manhã desta quinta-feira, 4, pelo jornalista Itaan Arruda em um programa na Rádio Cidade.
Viana anunciou um grande investimento na economia do Acre com a possibilidade de dobrar a capacidade produção das indústrias AcreAves e Dom Porquito. Hoje, são abatidos por dia 15 mil aves e 300 porcos nas duas indústrias. O objetivo é, com apoio financeiro do BNDES, dobrar essa capacidade.
“Hoje, a planta industrial já faz com que isso seja possível. O objetivo é financiar para que mais pequenos produtores da região possam criar os animais no regime integrado. Hoje, temos 100 produtores que criam aves e 200 que estão fornecendo porcos. Se aumentamos essa capacidade, teremos mais produtores sendo beneficiados, gerando emprego e renda no campo”, disse Jorge Viana.
A produção da AcreAves, consegue atender apenas ao mercado interno. Já a Dom Porquito, que tem autorização para exportação, dos 300 porcos abatidos diariamente, 100 são importados do estado do Mato Grosso.
Jorge Viana participa, junto com os representantes das duas empresas, de uma reunião nesta sexta-feira, 5, em São Paulo no BNDES para discutir o financiamento.
A possibilidade do Acre exportar carne bovina para a China após a habilitação de um frigorífico local também foi mencionado com um significativo avanço. “Dia 28 deste mês, o governo chinês vai fazer uma inspeção e se autorizado, porque agora só depende do frigorífico, a carne vai ser exportado por um preço melhor, o que significa que o pecuarista vai poder ser melhor remunerado e todo mundo ganha porque vai circular mais dinheiro. São muitos estados “brigando” para ter um frigorífico habilitado e o Acre tem essa possibilidade. Estamos falando da China que é maior importador do mundo”, disse.
Durante a entrevista, Viana fez um balanço da atuação na Apex-Brasil e citou uma pesquisa do Instituto Atlas, que ouviu mais de 5 mil pessoas em todo o país, onde a política externa foi o aspecto melhor avaliado do governo Lula.
“O Brasil estava ausente do mundo. Fizemos oito eventos empresariais em vários países, algo que nunca tinha acontecido no mundo. Nosso país estava há oito anos sem realizar um evento com a Alemanha, 5 com a Argentina e 7 com a África, por exemplo. Com o presidente Lula, o Brasil voltou ao cenário internacional, o que reflete na celebração de negócios pelo mundo”, destacou.