Estado decreta situação de emergência após aumento de casos de síndromes febris

O governo do Acre decretou em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE) no último dia 5 de janeiro, situação de emergência devido ao aumento no números de casos de síndromes febris ocasionadas pelas arboviroses e da superlotação das unidades de saúde do Estado.


O secretário da pasta, Pedro Pascoal, orientou a população e prestou esclarecimentos sobre as medidas tomadas pelo poder público para amenizar os impactos. Entre elas, estão planos de ação direcionados ao combate e uma possível prioridade na vacinação contra a dengue no estado, que tem previsão para começar em março.


O decreto nº 11.396, que estabeleceu situação de anormalidade, justifica, em números, a necessidade de manter essa deliberação válida por 90 dias.


Entre as síndromes que elevam a demanda nas unidades de saúde estão dengue, zika e chikungunya. O secretário esclareceu que o decreto é uma forma de planejar, alinhar e reforçar as ações de combate em todo o estado.


“Realmente foi uma ação planejada do governo, sob as orientações do governador Gladson Cameli, a qual nos permite estratégias de ação de forma menos burocrática. Já temos conhecimento que a sazonalidade, ou seja, o período em que a dengue tem o maior aumento de casos – de outubro a abril, ficou atrasada pela questão das secas que tivemos. Agora, quando entrou o mês de novembro, tivemos um aumento significativo. Dos 5.445 casos em 2023 que foram suspeitos, mais de 2,6 mil foram confirmados e ainda tivemos 29 pacientes cujo estado se agravou, mas felizmente nenhum óbito. Mas queremos trabalhar de forma planejada”, afirmou.


O decreto também serve, segundo o secretário, para alertar o Ministério da Saúde de que os casos aumentaram de forma significativa. “Esse decreto foi publicado para que fosse desenhado um plano de ação que já está pronto, com orientações a cada nível de gestão, municipal, estadual e da União. Com isso, queremos também garantir repasses mais efetivos”, destacou.


O atendimento diário tem sido de mais de 600 pessoas só com essas síndromes nas unidades de pronto atendimento, que são gerenciadas pelo Estado.


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