De acordo com a última pesquisa do custo da alimentação produzida pela Secretaria de Planejamento, o acreano tem de trabalhar cada vez mais para comprar comida. O número de horas de trabalho necessário para um trabalhador adquirir os produtos da cesta básica de alimentos em dezembro do ano passado foi de aproximadamente 90 horas e 39 minutos, cerca de 5 horas e 16 minutos a mais em relação ao tempo necessário medido no mês novembro.
A participação do valor das três cestas básicas continua significativa no rendimento de um trabalhador que recebe em dezembro um salário mínimo de R$ 1.320,00, sendo de 48,9%.
“Quando consideramos o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador comprometeu, em dezembro, aproximadamente 52,9% da remuneração para adquirir o conjunto de itens das três cestas básicas”, conclui a pesquisa.
Mas o trabalhador não tem só que comprar comida. Ao analisar a sobrevivência, a Seplan analisa também o gasto com produtos de limpeza e de higiene pessoal. Para uma família padrão de dois adultos e três crianças, foi estimado um gasto mensal de R$ 1.903,65 com a cesta alimentar, R$ 270,24 com a cesta de limpeza doméstica e R$ 84,81 com a cesta de higiene pessoal, totalizando R$ 2.258,70 por mês. Houve um aumento considerável de R$ 112,95 em comparação com mês de novembro. Revertendo esse valor em quantidade de salário mínimo necessário para a subsistência dessa família, o custo estimado para aquisição das três cestas em dezembro/2023 foi de 1,71 SM.
A quantidade de horas de trabalho necessárias para um trabalhador adquirir uma cesta básica de higiene pessoal foi de aproximadamente 4 horas e 02 minutos, observou-se que o tempo de trabalho permaneceu estável, em comparação com mês anterior. “Para comprar as três cestas, em dezembro, um trabalhador comum precisou trabalhar 107 horas e 33 minutos, um aumento de 5 horas e 22 minutos em relação ao mês novembro”, diz a Seplan.