A Polícia Civil de Sena Madureira, a 156 quilômetros de Rio Branco, já começou a apurar uma possível agressão mútua registrada na noite da última segunda-feira, 18, na sala de observação do Hospital João Câncio Fernandes.
Um técnico de enfermagem que estava no plantão foi agredido a dentadas pelo presidiário monitorado por tornozeleira eletrônico identificado por David, que por sua vez alega que o paramédico o humilhou e agrediu sua mãe. O caso viralizou nas redes sociais através de um vídeo postado pelo preso em liberdade vigiada.
No vídeo postado nas redes sociais, o preso monitorado diz que foi esfaqueado e buscou socorro médico. Ele alegou que ao ser atendido pelo técnico em enfermagem, pelo fato de usar tornozeleira eletrônica, foi discriminado pelo profissional.
Ao reclamar do atendimento, o apenado afirma que acabou agredido, juntamente com sua mãe, que o acompanhava, que foi atingida com um tapa no rosto.
Ao se defender da acusação, o técnico em enfermagem, cujo nome é mantido em sigilo para evitar represálias, disse que não houve agressão ao paciente. Ele diz que David deu entrada no hospital João Câncio na manhã da segunda-feira com uma perfuração de arma branca no abdômen, desconhecendo-se as causas.
Com a chegada da noite, o presidiário queria que mais de uma pessoa ficasse em sua companhia na sala de observação, o que contraria as normas do hospital.
David teria ficado revoltado e agressivo, sendo necessária a intervenção. Ao tentar controlar a situação, o paramédico acabou sendo atacado a dentadas, ficando lesionado no tórax.
Diante da situação, o técnico procurou a Delegacia Geral de Polícia de Sena Madureira e fez um registro pedindo providências. Em apoio ao profissional, a gerência geral do hospital João Câncio Fernandes e o Conselho Estadual de Enfermagem expediram nota de repúdio pelo ocorrido e exigem das autoridades policiais mais segurança para os profissionais que atuam em hospitais, em especial do interior.