Bolsa sobe quase 3% em semana de recorde; dólar fecha a R$ 4,93

Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, fechou em queda nesta sexta-feira (15), depois de atingir pontuação histórica na véspera. A baixa é um movimento de correção natural depois de uma forte sequência de altas.


Os mercados seguem positivos pelos efeitos das últimas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos nesta semana. Por aqui, investidores estão de olho no andamento da pauta econômica no Congresso Nacional.


No mesmo cenário, o dólar fechou em alta, depois das baixas dos últimos dias.


Veja abaixo o dia nos mercados.



Ibovespa

 


O Ibovespa recuou 0,49%, aos 130.197 pontos.


Na véspera, o índice fechou com alta de 1,06%, aos 130.842 pontos, no maior patamar histórico. Com o resultado de hoje, passou a acumular:


  • •alta de 2,44% na semana;
  • •avanço de 2,25% no mês;
  • •ganhos de 18,65% no ano.


O que está mexendo com os mercados?

 


No último dia da semana, investidores em nível global continuaram repercutindo a decisão do Fed, na última quarta-feira, de manter a taxa básica de juros inalterada, mas com perspectivas de que o ciclo de alta nos juros americanos pode ter chegado ao fim.


Agora, as expectativas de especialistas e investidores são de que os juros nos Estados Unidos comecem a cair já no primeiro semestre de 2024, o que é benéfico para a economia e para os ativos de risco, como os mercados de ações e moedas de países emergentes.


“Todos os indicadores, nas esferas quantitativa e qualitativa, apontam tempestivamente para o início antecipado da campanha de redução da taxa dos Fed Funds. Por conseguinte, revisamos a nossa projeção com o intuito de incorporar as boas-novas e, assim, estimamos a estreia em maio, ante junho anteriormente”, comenta Antonio van Moorsel, estrategista-chefe da Acqua Vero Investimentos.


 


Ainda no exterior, alguns dados econômicos da China divulgados hoje decepcionaram os investidores. As vendas no varejo subiram 10,1% em novembro, na comparação anual, enquanto as expectativas eram de alta de 12,9%. Já os preços de casas novas recuaram 0,37% no mesmo mês.


Em contrapartida, a produção industrial cresceu 5,9% na base anual, acima do esperado, uma alta de 5,9%. A China luta para manter de pé a meta de crescimento de 5% no ano, o que garantiria uma movimentação ainda ativa da economia do principal parceiro comercial do Brasil.


Por aqui, investidores repercutem junto com o Fed a redução da taxa Selic e a sinalização de que o balanço de riscos do Banco Central está mais benigno e que novos cortes virão pela frente.


Hoje, sobressaem na avaliação o andamento de pautas econômicas no Congresso Nacional, com destaque para a expectativa de aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados e de uma medida provisória que eleva a arrecadação do governo.


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