De acordo com o Fórum Empresarial do Acre, o açaí é o produto do extrativismo mais importante para a bioeconomia amazônica e gerou mais de R$ 2 bilhões de renda na comercialização em 2021.
Contudo, alerta o colegiado, a participação do Acre na produção da extração do fruto, que chegou a mais de 674,6 mil toneladas entre 2019 e 2021, foi menor de 1%. Além disso, por conta da defasagem de preços, o Acre deixou de arrecadar mais de R$ 8 milhões no período avaliado.
O Estado arrecadou pouco mais de R$6 milhões entre 2019 e 2021, quando poderia ter arrecadado mais de R$14,4 milhões com a comercialização do açaí.
A produção de açaí na Amazônia Legal e a defasagem de preços no Acre são os temas do segundo capítulo do 4º Boletim de Conjuntura Econômica do Fórum Empresarial do Acre em parceria com a Fundape.
Ainda segundo o levantamento, sobre o preço médio, a tonelada do açaí foi vendida por R$ 3.081 entre 2019 e 2021. Tocantins foi o estado com maior preço neste período, chegando a R$ 6.706,00 a tonelada, seguido logo depois por Mato Grosso, com a tonelada saindo a R$5.780,00.
O menor preço observado foi no Acre, com um valor médio de R$1.296,00 a tonelada. Por ano, a comercialização da tonelada do açaí por esse valor gerou uma renda de mais de R$6,6 milhões. Contudo, essa arrecadação poderia ser de mais de R$ 14,4 milhões caso não houvesse uma defasagem de 137,7%.
“Ou seja, a implantação de uma política de melhoria dos preços do produto, capaz de corrigir essa defasagem, poderia chegar a uma renda anual de aproximadamente R$14.425, ao invés dos R$ 6 milhões atuais. Existe crescimento da demanda mundial, existe espaço para o crescimento dos preços e existe espaço para o aumento da produção de açaí no Estado do Acre, o que falta é uma política ‘agressiva’ de apoio e valorização do produto”, conclui o estudo.
Outros dados sobre a produção e comercialização do açaí no Acre e nos demais estados da Amazônia Legal podem ser encontrados no portal do Fórum (www.forumdoacre.org.br).