A sede do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC), na Avenida Ceará, em Rio Branco, passa por uma grande obra, iniciada em maio e deverá durar ainda um ano. O custo é de R$ 15 a R$ 20 milhões, incluindo equipamentos e móveis e o prédio será modernizado, contando com energia solar e reaproveitamento de água da chuva. Os equipamentos tecnológicos e o mobiliário serão substituídos.
“A obra não é de ampliação e sim de modernização na estrutura, equipamentos e normas, que estão sendo trabalhadas pelo nosso jurídico”, cita o presidente do TCE, conselheiro Ribamar Trindade.
A reforma começou pela presidência e se estendeu para o restante do prédio. Na área interna, os serviços são no plenário, gabinete dos conselheiros e demais salas. Na área externa, a fachada do prédio será “transformada”.
Trindade diz que o trabalho já avançou em algumas áreas, como o acesso à instituição pela Avenida Nações Unidas e o estacionamento, que já está sendo asfaltado. No local, haverá um pórtico e a entrada dos servidores será como em um condomínio.
Prédio de quase 30 anos modernizado
Inaugurado em 15 de junho de 1994, no governo de Romildo Magalhães, o prédio Governador Edmundo Pinto de Almeida Neto, tinha problemas graves no telhado, que ao longo de 29 anos, segundo o presidente, recebia paliativos. Agora, toda a estrutura da cobertura foi trocada. “Eu entrei no Tribunal em 2002 e já tinha goteiras”, relata, revelando que busca executar o projeto seguindo a campanha ambiental do próprio TCE: “Meio Ambiente é da nossa conta”, considerando a modernidade, sustentabilidade e responsabilidade social.
“A energia solar vai garantir economia financeira, é do ponto de vista ambiental é da mesma forma. O sistema de reaproveitamento de águas da chuva para o uso em algumas partes do prédio”, pontua.
A obra de mais de um ano é feita por etapas e executada por três empresas acreanas. Ainda haverá três licitações: da área interna do prédio, energia solar e do mobiliário da instituição. Todo o antigo mobiliário está sendo doado.
Servidores em home-office
À medida que as obras avançam, os funcionários “desalojados” passam a trabalhar em casa. No home office, os servidores utilizam, segundo o presidente, tudo tutelado, os computadores, mesas e até as cadeiras do Tribunal.
O TCE tem 300 servidores e 70% trabalha em casa, o que segundo o presidente da Corte de Contas, não compromete a atividade fim do TCE: fiscalizar as contas públicas.
“As obras e o home-office do Tribunal não compromete a atividade fim do TCE e não há descontinuidade no trabalho. Em casa, o trabalho dos servidores deve ter até mais produtividade. Em forma de rodízio, temos diariamente de 20 a 30 auditores presencialmente no Tribunal e nos municípios seguimos fazendo as inscrições e auditorias, que não pararam e nem vão parar. Na semana passada, inclusive, estivemos em municípios do Vale do Juruá”, atestou.
Conforme as salas forem ficando prontas, os servidores vão voltando para o trabalho presencial. A previsão, segundo Ribamar, é que até agosto de 2024 a obra seja concluída. Ele deixará a presidência em 31 de dezembro, deixando como marca a “nova sede”.
“Quando voltarem, os servidores encontrarão não só as novas instalações, mas também do ponto de vista tecnológico, todos os equipamentos serão novos. Dar qualidade não diz respeito só ao salário, e objetivo, é melhorar as condições de trabalho dos servidores e proporcionar um ambiente adequado para quem trabalha e quem vai até a sede. O resultado será uma melhor prestação de serviço à sociedade”, concluiu Ribamar, que está no TCE desde 2002, ocupou a Casa Civil no governo de Gladson Cameli por dois anos e foi nomeado conselheiro em 15 de janeiro de 2021. Em dezembro de 2022, assumiu a presidência do TCE, onde permanecerá até 31 de dezembro de 2024.