Líder do PCC, Marcola é levado para hospital sob forte escolta com quase 100 policiais

Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado pelas autoridades como líder da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), foi transferido do presídio federal de Brasília para exames no Hospital Regional do Gama, região a 37 km do centro da capital.


O preso, que está na penitenciária de segurança máxima desde janeiro, foi de helicóptero à unidade hospitalar sob forte escolta, com quase 100 policiais na saída do presídio, no trajeto e no hospital.


Segundo uma fonte da cúpula do presídio à CNN, esse tipo de transferência é normal. “Por ser Marcola, a escolta é reforçada e chamou atenção”, disse.


De acordo com o advogado Bruno Ferullo, que defende Marcelo em seus processos, o detento está bem, fez uma endoscopia e exames de rotina.


Em nota, a Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça, informou que os presos custodiados no Sistema Penitenciário Federal, nos ditames na Lei de Execução Penal, têm toda a assistência necessária de acordo com suas necessidades individuais, “além de contar com equipe de saúde multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, técnicos, dentistas, psicólogos e assistentes sociais.


O “recordista”

Em julho, a CNN mostrou que Marcola é o líder de facção criminosa no Brasil com mais tempo de pena para cumprir: 338 anos. Eram 342, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reduziu em quatro anos uma pena por roubo cometido por ele e comparsas em 1986, alterando a pena total do detento.


Desde que foi apontado como líder máximo do PCC, Marcola foi acusado de cometer vários crimes de dentro da prisão. Ele foi condenado por uma série de homicídios praticados quando já estava atrás das grades.


A maior condenação, de 160 anos, foi determinada em março de 2013, quando foi considerado culpado por uma chacina de oito presos na Casa de Detenção no Carandiru (SP).


A maior parte das condenações (290 anos de pena) foi por crimes quando Marcola estava preso, como mandante de roubos e homicídios. Outros 40 anos de pena foram por roubos a carros, bancos e empresas de valores entre 1980 e 1990. Ele também foi condenado pela morte de um juiz de São Paulo, em 2003.


Em todos os interrogatórios, Marcola nega ser integrante do PCC. Porém, o Ministério Público vem denunciando o detento como mandante de chacinas, atentados e assassinatos de agentes públicos, formação de quadrilha e associação à organização criminosa.


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