Suspeitos de agredir Moraes entregam à PF vídeo que mostraria confusão em aeroporto

Os suspeitos de terem agredido o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no aeroporto de Roma entregaram à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (19) um vídeo que, segundo relato do advogado Ralph Tórtima, mostraria o magistrado chamando um dos supostos agressores de “bandido”.


O vídeo teria sido gravado depois de o ministro ir até Roberto Mantovani Filho, Andreia Munarão e Alex Zanatta Bignotto para retirar seu filho da confusão.



Quando se aproximou do casal, diz o advogado, Moraes teria tirado uma foto da família Mantovani e dito que a confusão “teria consequências”.


De acordo com Tórtima Filho, um dos integrantes da família perguntou três vezes a Moraes: “o senhor está nos ameaçando?” O ministro proferiu a palavra “bandidos”, conforme relato da família.


Os três suspeitos prestaram depoimento à Polícia Federal de Piracicaba. O inquérito corre em Brasília.


Alex Zanatta foi ouvido no domingo (16) de manhã, enquanto Roberto e Andréia foram ouvidos terça-feira (18). As oitivas duraram cerca de duas horas e meia. O filho do casal, Giovanni, de 20 anos, também foi ouvido como testemunha do caso.


Durante o depoimento desta terça-feira, as residências da família foram alvo de uma busca e apreensão autorizada pela ministra Rosa Weber. Celulares e computadores da família foram apreendidos pela PF. O inquérito é sigiloso.


De acordo com Tórtima, o argumento da diligência foi o fato de Roberto e Andréia não terem prestado depoimento no domingo, acarretando uma “demora no cumprimento das oitivas”.


A família desembarcou no Brasil sábado (15), quando era aguardada por cinco agentes da Polícia Federal. Os três foram intimados no domingo, às 6h, para prestarem depoimento a partir das 10h da manhã, mas apenas Alex Zanatta compareceu.


O casal afirmou ter compromissos em outra cidade e remarcou as oitivas. Eles moram no município de Santa Bárbara d’Oeste, a cerca de 30 quilômetros de Piracicaba.


Logo depois do depoimento desta terça, o veículo no qual o casal chegou à sede da PF de Piracicaba também foi vistoriado. De acordo com o advogado da família, eles permitiram o acesso ao veículo para colaborar com as investigações.


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