Pastores evangélicos, pais, mães de Santos e demais instituições religiosos ligadas ao Instituto Ecumênico Fé e Política do Acre, realizaram um ato religioso para protestar contra as ameaças de integrantes de uma facção criminosa em metralhar um Centro de Umbanda localizado no bairro Boa União, em Rio Branco.
Segundo relatos, o ataque teria como suposto mandante um evangélico, vizinho do terreiro, que não gostava do barulho feito pelos frequentadores e pediu ajuda ao grupo criminoso, cujos integrantes foram ao local fazer ameaças contra a entidade.
O Padre Massimo Lombardi, presidente do Instituto Ecumênico Fé e Política do Acre, que agrega todas as religiões e outras instituições, fez questão de denunciar as ameaças e alertou a sociedade para esse caso gravíssimo de intolerância religiosa. “A dignidade da pessoa humana está sendo desrespeitada. Nós cremos que qualquer pessoa possa expressar religião do jeito que ela quer”, comentou Lombardi.
A exemplo de outros estados brasileiros, no Acre a intolerância religiosa tem aumentado consideravelmente, tendo os umbandistas como as maiores vítimas. Lombardi contou que intolerância, o racismo e o preconceito são direcionados às minorias, aos negros, pobres, comunidade LGBT e religiosos. Isso precisa ter fim, já que são crimes e passíveis de penas, de prisão, inclusive. “Metralhar um centro de religiosos é um absurdo, pelo amor de Deus, não pode. Nós precisamos sempre manifestar palavras de esperança, paz e harmonia. Nada, nada, de palavras violentas”, concluiu o religioso.