Alan Arkin, a estrela vencedora do Oscar de “Pequena Miss Sunshine”, morreu aos 89 anos, anunciou sua família nesta sexta-feira (30).
“Nosso pai era uma força da natureza excepcionalmente talentosa, tanto como artista quanto como homem. Um marido amoroso, pai, avô e bisavô, ele era adorado e sua falta será profundamente sentida”, disseram seus filhos Adam, Matthew e Anthony Arkin em comunicado à CNN.
Nascido no Brooklyn, filho de imigrantes judeus russo-alemães, sua família mudou-se para Los Angeles quando ele era criança.
Arkin frequentou o Bennington College, mas saiu para formar o grupo musical The Tarriers, no qual cantava e tocava violão. O grupo não ficou junto por muito tempo, mas fez sucesso com “The Banana Boat Song” em 1957.
Ele então se tornou um membro fundador da trupe de improvisação Second City e também continuou a gravar músicas, incluindo vários álbuns infantis com seu grupo, The Babysitter.
Mas atuar também era uma paixão. Arkin apareceu em dezenas de filmes, foi indicado ao Oscar quatro vezes e ganhou o Tony Award, a principal honraria da Broadway, em 1963, por seu primeiro grande papel no palco em “Enter Laughing”, de Carl Reiner.
Seu primeiro grande papel no cinema também lhe rendeu uma indicação ao Oscar – Melhor Ator por interpretar um marinheiro soviético na comédia da Guerra Fria de 1966 “Os Russos Estão Chegando! Os Russos Estão Chegando!”.
Arkin foi inicialmente recusado para o papel de “Pequena Miss Sunshine”, que acabou lhe rendendo o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante porque os diretores o consideraram saudável demais. O personagem era um avô desbocado de 80 anos, frágil e trêmulo devido aos anos de abuso de drogas e mau comportamento.
“É a melhor rejeição que já tive na minha vida – eles pensaram que eu era muito viril”, disse Arkin, flexionando seus bíceps e fazendo uma pose de homem musculoso durante uma entrevista de 2007 para o The New York Times.
Arkin teve uma atuação dramática memorável como um assassino psicopata no filme de 1967 “Um Clarão nas Trevas”, contracenando com Audrey Hepburn.
Mais tarde, ele disse que odiava as cenas em que seu personagem aterroriza Hepburn, dizendo: “Não gostei de ser cruel com ela. Isso me deixou muito desconfortável”.
Ele apareceu como um surdo-mudo na adaptação do romance de Carson McCullers “Por Que Tem que Ser Assim?” em 1968, garantindo sua segunda indicação ao Oscar de Melhor Ator.
Em 1970, ele estrelou a versão cinematográfica do romance “Ardil 22” de Joseph Heller, apresentando uma forte atuação em um filme que foi considerado uma decepção.
Arkin foi elogiado por sua atuação no thriller de 2012 “Argo”, que conta a história real de uma missão da CIA para libertar seis americanos do Irã, disfarçando-os como membros da tripulação de um filme elaboradamente inventado, mas fictício, sobre alienígenas. O filme do diretor Ben Affleck ganhou o Oscar de Melhor Filme.
Ele permaneceu notavelmente ativo no cinema e na televisão até os 80 anos.
Ele ganhou elogios e indicações ao Emmy pela série de TV “O Método Kominsky”, também estrelada por Michael Douglas, que estreou em 2018.
Alguns dos outros filmes de Arkin incluem “Visões de Sherlock Holmes”, de 1976, “Um Casamento de Alto Risco”, de 1979, “Edward Mãos de Tesoura”, de 1990, “O Sucesso a Qualquer Preço”, de 1992, “Matador em Conflito”, de 1997, “O Outro Lado de Beverly Hills”, de 1998, “Agente 86”, de 2008, “Trabalho Sujo”, de 2008, “Amigos Inseparáveis”, de 2012 e “Despedida em Grande Estilo”, de 2017.