O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), procurou diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, para reclamar do que chama de “vazamento” de investigações contra pessoas ligadas ao parlamentar.
A informação foi divulgada pela jornalista Mônica Bergamo, da “Folha de S.Paulo”, e confirmada pelo blog com fontes da PF.
A queixa ocorreu após um ex-assessor de Lira (e do pai do presidente da Câmara), Luciano Ferreira Cavalcante, ser alvo, na semana passada, de uma operação da Polícia Federal que investiga desvios na compra de kits de robótica para cidades de Alagoas, estado do parlamentar.
Além de Cavalcante, que nega envolvimento com irregularidades e foi exonerado após a operação, a PF investiga o empresário Edmundo Catunda, é pai do vereador de Maceió João Catunda (PP), correligionário e aliado de Lira no estado.
Agentes da PF disseram a Lira que não tinham divulgado nenhum dado a jornalistas, e que não tinha controle da circulação das informações, já que outras pessoas – do Ministério Público Federal, da Controladoria-Geral da União e os advogados dos envolvidos – têm acesso a elas.
A defesa de Luciano Ferreira Cavalcante afirmou à TV Globo que ele não tem ligação com os desvios investigado pela PF.
Após o anúncio da Operação, Ferreira Cavalcante foi exonerado do cargo de secretário particular no gabinete da liderança do PP na Câmara dos Deputados.