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Bancos estudam aumentar prazos e crédito para alagados

Na manhã desta terça-feira (04) foi realizada uma audiência pública para debater sobre o plano de ação de recuperação das empresas afetadas pela enchente ocorrida no Estado. A reunião é fruto de um requerimento apresentado pelo deputado Pablo Bregense (PSD) e contou com a participação de representantes dos bancos da Amazônia, Brasil e Caixa Econômica.


Bregense, que conduziu a reunião, pontuou que não somente os comerciantes da cidade, mas também os da zona rural e produtores, precisam de uma solução rápida e eficaz. Ele ressaltou que muitos agricultores perderam toda sua safra e que é importante que as instituições bancárias apresentem os planos para linhas de crédito e renegociações.


“Não podemos deixar o problema tomar dimensões maiores, então precisamos hoje traçar uma estratégia do que se pode fazer de imediato. Nosso intuito é encontrar uma saída para trabalharmos agora e com o que temos. Essas pessoas precisam de uma recuperação rápida, muitos agricultores perderam safras, tudo que cultivaram, então vamos traçar uma estratégia ampla, que também englobe essas pessoas. Nosso papel é entender quais políticas poderão ser oferecidas para eles”, pontuou.


Daniel Rondom, que participou da reunião representando o Banco do Brasil, disse que a Instituição está trabalhando na redução de juros em dívidas, aumento de prazos e abertura de crédito. Pontuou também que além dessas ações, estão sendo arrecadadas doações para ajudar os atingidos pela cheia em geral.


“O Banco do Brasil tem um viés maior sobre voltado para o agronegócio, desde o primeiro momento, nos reunimos com a diretoria e frisamos que a prioridade agora é o atendimento àqueles que estão neste momento atravessando dificuldades por conta da cheia. Nossa equipe está preparada para fazer um atendimento com possíveis renegociações, negociação a prazo e abertura de crédito”, disse.


Em sua fala, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), destacou a importância do encontro. “Essa não é a maior cheia que já enfrentamos, mas, com certeza foi a que causou mais prejuízos à população. A recuperação financeira dessas pessoas é preocupante demais porque muita gente perdeu tudo que tinha. E nós precisamos saber quais alternativas vão ser apresentadas pelas instituições financeiras neste sentido”, assegurou.


Em seguida, o representante da Caixa Econômica, Thiago Assis, disse que a instituição já adotou todas as medidas necessárias para amparar as pessoas atingidas pela enchente. Uma delas, é garantir ao cliente que perdeu todos os documentos na cheia o acesso a todos os benefícios.


“A Caixa é um banco de alma social, portanto, todo processo que trata dos menos favorecidos nós estamos envolvidos de alguma forma. A primeira alternativa emergencial que tomamos foi garantir que todas as pessoas que perderam seus documentos na cheia tenham acesso aos benefícios, como o saque do FGTS, por exemplo, que também está sendo tratado de maneira célere”, explicou.


Thiago Assis informou, ainda, que a Caixa Econômica assinará na semana que vem, o contrato do Auxílio do Bem, benefício aprovado pela Aleac na semana passada. O benefício no valor de R$ 300 vai ser liberado de maneira emergencial pela instituição.


“Além do Auxílio do Bem, a Caixa adotou um pacote de benefícios. Um deles é a pausa e carência de 180 dias dos contratos habitacionais ativos e os que estão em atraso. Com isso as pessoas poderão intervir na sua aquisição sem nenhum tipo de prejuízo. Isso está feito de maneira proativa, não é a pessoa que procurar o banco é o banco que está entrando em contato com as pessoas para que elas possam ser contempladas no processo”.


Os parlamentares presentes puderam sanar suas dúvidas quanto às ações que serão adotadas pelas instituições bancárias, tanto para comerciantes, como para a população em geral. Ao final da audiência, ficou acordado que as sugestões serão levadas às diretorias dos bancos. Para o momento, já existe a possibilidade do saque do FGTS de até seis mil reais, prorrogação de parcelas de dívidas e de consignados.


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