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Morte da Rainha: Saiba o que acontece a partir de agora que Charles virou Rei

A morte de Elizabeth II, nesta quinta-feira (8), transformou seu filho, o então Príncipe Charles, em Rei. O primeiro na linha de sucessão assume ao trono e, ao seu lado, vai reinar sua esposa, Camilla Parker-Bowles, que se torna Rainha consorte — termo usado para a esposa do Rei. Mas quem pensa que é só ele colocar a coroa e assumir o assento real, engana-se.


De acordo com a ‘BBC’, a primeira decisão que o novo monarca terá que tomar é em relação ao seu nome. Ele precisa decidir se assume como Charles III ou muda de nome. Por exemplo, o primeiro nome de seu avô George VI era Albert, mas ele reinou usando um de seus nomes do meio. Charles poderia escolher qualquer um de seus quatro nomes – Charles Philip Arthur George. E ele não é o único que enfrenta uma mudança de título. Príncipe William passa a ser o primeiro na sucessão do trono e recebe o título de Príncipe de Gales. Sua esposa, Kate Middleton, será a nova Princesa de Gales — mesmo título que a Princesa Diana tinha. As mudanças de título acontecem nesta sexta-feira (9), a partir das 18h. Mesmo com a coroação do pai, William só será considerado Príncipe de Gales após uma cerimônia formal no Palácio de Caernafon, chamada Investidura do Príncipe de Gales. Atualmente, o título é repassado pelo Conde de Chester.


Nas primeiras 24 horas após a morte de sua mãe, Charles será oficialmente proclamado Rei. Isso acontece no Palácio de St. James, em Londres, em frente a um corpo cerimonial conhecido como Conselho de Adesão, composto por membros do Conselho Privado (um grupo de deputados seniores), bem como alguns altos funcionários públicos, altos comissários da Commonwealth [Comunidade das Nações] e o Lord Mayor de Londres. O Rei não costuma aparecer nessa cerimônia.


Mais de 700 pessoas têm, em teoria, direito a participar da oficialização, mas, devido ao curto prazo, o número real provavelmente será muito menor. No último Conselho de Adesão em 1952, cerca de 200 compareceram. Na reunião, a morte da Rainha Elizabeth II será anunciada pelo Lorde Presidente do Conselho Privado (atualmente Penny Mordaunt MP), e uma proclamação será lida em voz alta.


A redação da proclamação pode mudar, mas tradicionalmente tem sido uma série de orações e promessas, elogiando o monarca anterior e prometendo apoio ao novo. Esta proclamação é, então, assinada por várias figuras importantes, incluindo o primeiro-ministro, o arcebispo de Canterbury e o lorde chanceler. Tal como em todas estas cerimônias, haverá atenção ao que possa ter sido alterado, acrescentado ou atualizado, como sinal de uma nova era.


No dia seguinte à proclamação, Conselho de Adesão se reúne novamente e, desta vez, o Rei estará presente, juntamente com o Conselho Privado. Não há “juramento” no início do reinado de um monarca britânico, no estilo de alguns outros chefes de estado, como o presidente dos EUA. Mas há uma declaração feita por ele, de acordo com uma tradição que data do início do século 18, na qual ele fará um juramento para preservar a Igreja da Escócia.


Depois de uma fanfarra de trompetistas, uma proclamação pública será feita declarando Charles como o novo Rei. Isso será feito de uma sacada acima do Friary Court no St. James’s Palace, por um oficial conhecido como Garter King of Arms. Ele chamará: “Deus salve o rei” pela primeira vez, desde 1952. Saudações de armas serão disparadas no Hyde Park, na Torre de Londres e de navios da Marinha. Já a proclamação anunciando Charles como o rei será lida em Edimburgo, Cardiff e Belfast.


A coroação


O ponto alto simbólico da ascensão será a coroação, quando Charles for formalmente coroado. Por causa da preparação necessária, a coroação provavelmente não acontecerá logo após a ascensão de Charles — a Rainha Elizabeth II sucedeu ao trono em fevereiro de 1952, mas não foi coroada até junho de 1953.


Ainda de acordo com a ‘BBC’, nos últimos 900 anos, a coroação foi realizada na Abadia de Westminster — William, o Conquistador, foi o primeiro monarca a ser coroado lá, e Charles será o 40º. É um serviço religioso anglicano, realizado pelo Arcebispo de Canterbury. No clímax da cerimônia, ele colocará a coroa de Santo Eduardo na cabeça de Charles. O acessório é feito de ouro maciço, datada de 1661, e pesa 2,23 kg. Ela é a peça central das Joias da Coroa na Torre de Londres e só é usada pelo monarca no momento da própria coroação. Ao contrário dos casamentos reais, a coroação é uma ocasião de estado — o governo paga por isso e, finalmente, decide a lista de convidados.


Haverá música, leituras e o ritual de unção do novo monarca, com óleos de laranja, rosas, canela, almíscar e âmbar. O novo rei fará o juramento de coroação diante de todos. Durante esta cerimônia, ele receberá o orbe e o cetro como símbolos de seu novo papel e o arcebispo de Canterbury colocará a coroa de ouro maciço em sua cabeça.


Rainha Consorte


O título é concedido à esposa do Rei, que não tem origem na família real. Originalmente, o título de Rainha é apenas para as governantes que já nasceram na realeza e estavam na linha de sucessão, como é o caso de Elizabeth II, que se tornou monarca quando seu pai, o rei George VI, morreu. Tempos atrás, em uma entrevista, Elizabeth II afirmou que sabia que todos iriam apoiar seu filho, Charles, e Camilla quando ela morresse.


“E quando, no devido tempo, meu filho Charles se tornar Rei, sei que vocês darão a ele e a sua mulher, Camilla, o mesmo apoio que têm me dado. E é meu sincero desejo que, quando chegar a hora, Camilla seja conhecida como Rainha Consorte ao continuar seu leal serviço”, afirmou ela.


Na prática, as funções de Camilla serão bem parecidas com as que tem hoje, como a Duquesa da Cornualha. Além disso, ela herdará da ex-sogra compromissos importantes, como presidir eventos, virar patrona de algumas instituições e ainda estar ao lado de Charles em datas e cerimônias importantes.


Muita gente pode não saber, mas Camilla era amante de Charles quando este era casado com Princesa Diana. Mas a história começa muito antes de ele conhecer a mãe de seus filhos. Na década de 70, Camilla e Charles chegaram a namorar. O relacionamento dos dois começou quando se conheceram, em 1970, em uma partida de pólo no Windsor Great Park, um parque real. Logo os dois descobriram muitas afinidades e Camilla ainda brincou com o fato de de sua bisavó ter tido um caso com o rei Eduardo VII, dizendo: “Minha bisavó era amante de seu tataravô. Sinto que temos algo em comum”, disse na época.


Os dois namoraram por um tempo, mas Charles se ausentou por oito meses para servir à Marinha Real. Quando ele voltou, ela já estava noiva de outro, com quem se casou em 1973. O casal teve dois filhos, Tom e Laura Parker Bowles. Charles e Camilla continuam como amigos e ele, inclusive, é padrinho do filho dela, Tom.


Em 1980, Charles começa a namorar Diana, 13 anos mais nova que ele. Os dois se casam em 29 de julho daquele ano e se tornam pais de William, em 1982, e Harry, em 1984. Segundo a biografia autorizada de Charles, seu caso extraconjugal com Camilla se inicia em 1986. Diana só descobre a traição três anos depois e confronta a amante do marido durante uma festa. Mas, somente em 1996, depois de muita luta, Diana consegue a oficialização de seu divórcio. No ano seguinte, Diana morreu em um acidente de carro em Paris.


Em 2003, já assumidos e aceitos por Elizabeth II, Camilla e Charles se mudam para Clarence House, mas a Família Real avisa que o dinheiro do contribuinte britânico não será usado para decorar os quartos de Camilla. Em fevereiro de 2005, o casal anuncia o noivado, 35 anos depois de se conhecerem. Em abril do mesmo ano eles se casam no civil e o Príncipe William é o padrinho. Elizabeth II não vai ao casamento, mas vai à recepção depois. Para que Diana permaneça como a única princesa de Gales, Camilla ganha o título de Sua Alteza Real a Duquesa da Cornualha.


OFF


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