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Milícias já controlam mais de 1.200 farmácias no Rio de Janeiro

Se o crime organizado resolvesse criar uma empresa formal, seria um dos três maiores grupos do varejo farmacêutico nacional considerando apenas uma região. As milícias já controlam 1.217 farmácias no Rio de Janeiro, segundo estudo inédito do Conselho Regional de Farmácia (CRF-RJ).


Como comparação, as Farmácias Pague Menos encerraram o primeiro semestre deste ano com 1.193 pontos de venda em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.


O domínio das milícias em farmácias no Rio de Janeiro envolve tanto a movimentação de cargas roubadas nas lojas como a extorsão de unidades já existentes, por meio da cobrança de taxas de segurança. Segundo o CRF, os fiscais sofrem intimidação para não fiscalizar as farmácias sob gestão do crime nem supervisionar se regras básicas estão sendo cumpridas pelo estabelecimento, como a exigência de farmacêuticos no local.


“As áreas controladas pela milícia são aquelas nas quais enfrentamos os maiores problemas. Há locais em que conseguíamos entrar em 2020 e que hoje não fiscalizamos mais”, revelou Flavio Correa, chefe do Serviço de Fiscalização do CRF-RJ, em entrevista ao portal UOL.


O executivo relata, inclusive, que uma representante do conselho recebeu ameaças com arma de fogo ao tentar autuar uma farmácia em Campo Grande, bairro na zona oeste do Rio de Janeiro. O caso ocorreu em agosto de 2019.


Operação policial em farmácias no Rio de Janeiro

Em 2020, a Polícia Civil do Rio de Janeiro promoveu uma operação contra farmácias que estão sob o poder da Liga da Justiça. A milícia ocupa áreas na zona oeste da cidade e também na Baixada Fluminense, usando as lojas como meio para lavagem de dinheiro e venda de produtos originários de roubos de carga.


Onde estão as milícias em farmácias no Rio de Janeiro?

Com 366 farmácias, a milícia faz da Zona Norte a região com maior concentração de lojas nas mãos do crime. O percentual é de 30%. A Baixada Fluminense concentra 296 unidades, seguida pelo eixo Itaboraí/Niterói/São Gonçalo e pela Zona Oeste.



Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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