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Caso Gedeon: polícia diz que já identificou um suspeito e pediu mais 90 dias para fechar inquérito

Gedeon Barros foi executado a tiros na manhã do dia 20 de maio, no bairro Santa Inês, no Segundo Distrito de Rio Branco. Delegado do caso diz que crime é complexo.
Depois de mais de seis meses, o delegado Marcus Cabral, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação da morte do ex-prefeito de Plácido de Castro, Gedeon Sousa Barros, falou nesta terça-feira (14) sobre o caso e confirmou que já identificou um dos autores da execução, que ocorreu em maio deste ano. Segundo ele, o suspeito está preso respondendo por outro crime.
Barros foi morto a tiros na manhã do dia 20 de maio, no bairro Santa Inês, no Segundo Distrito de Rio Branco. Dois homens chegaram em uma moto e executaram o ex-gestor, fugindo em seguida para o bairro Belo Jardim, onde se concentraram as buscas da polícia, na época.
“Várias pessoas foram ouvidas e perícias requisitadas. Conseguimos identificar um dos executores do crime e continuamos as investigações para que a gente possa identificar e qualificar o outro ocupante da motocicleta e chegar aos demais envolvidos. O identificado é da capital, mas a motivação está em análise. É um crime complexo, e de difícil elucidação”, diz o delegado, que confirmou também ter pedido mais 90 dias para finalizar o inquérito.
A motivação do crime ainda não foi apontada pela polícia. A reportagem também tentou contato com a viúva, Lúcia Barros, que limitou a dizer que segue aguardando respostas concretas. “Estou confiante no trabalho da polícia!”
Em julho deste ano, o delegado informou que estavam sendoapuradas várias linhas de investigação e que ele não podia passar mais informações porque o processo corre em segredo de Justiça.
‘Vida não é a mesma’
Em entrevista ao g1 em agosto, a viúva disse que ficam os questionamentos: “Por que os autores ainda não estão presos? São mais de 90 dias de angústia. Sem resposta. Quem são os autores? Quem mandou tirar a vida do Gedeon? A troco de quê?”
“Até o momento não tive uma posição concreta do que está acontecendo com o caso Gedeon. A minha esperança é que a justiça seja feita. Mas até o momento nada foi desvendado. Eu e as pessoas que o amam precisam de uma resposta. Não podemos aceitar que um crime tão cruel como esse caia na impunidade”, disse Lúcia.
Além de conviver com a dor da perda do marido, Lúcia desabafou que o sentimento da impunidade torna a situação ainda mais delicada.
“Minha vida já não é mais a mesma. Conviver sem o Gedeon já está difícil, pior ficará se conviver com a impunidade. Rogo por justiça. Tenho fé em Deus e peço a ele todos os dias por uma luz, por justiça. Que Deus guie as investigações e que possam o mais breve possível chegar aos culpados”, desabafou.
Lúcia disse ainda que a falta de resposta reforça o sentimento de insegurança, e apela para que o caso não fique impune.
“Os dias se passam e a falta de resposta só me traz insegurança. Toda a população de Plácido de Castro está apreensiva. Faço aqui um apelo a todas as autoridades competentes, em especial ao Secretário de Segurança Pública, que não permitam que a crueldade que fizeram com um pai de família, esposo, homem que sempre fez o bem a todos sem olhar a quem, forte e de fé, fique sem resposta, e caia no esquecimento”, concluiu.
Ninguém foi preso pela morte de ex-prefeito
Crime
Barros estava dentro do carro e foi atingido com disparos de arma de fogo na cabeça. A esposa do ex-prefeitoprestou depoimento na Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) no mesmo dia que o marido foi morto.
Em junho, a Polícia Civil informou quepediu à Justiça do Acre a quebra do sigilo bancário e telefônico de alguns investigados no assassinato. A Justiça tinha um prazo de 15 dias para responder a solicitação.
No dia 31 de maio, o delegado responsável pelo caso, Marcus Cabral, revelou que tinha ouvido oito pessoas sobre o crime até aquele momento. As investigações do caso seguem em segredo de Justiça.
No dia 15 de julho, Cabral chegou a afirmar que já tinha suspeitos do crime, mas disse que ainda não podia afirmar sobre a autoria e que investiga informações de que os executores foram identificados.
“Suspeitos a gente pode afirmar que tem, a gente já apurou e estamos investigando as várias linhas de investigação. É um crime muito complexo de elucidar, mas, em breve estaremos apontando todos os autores, finalizando o inquérito e encaminhando ao judiciário para as devidas providências”, disse à época.
Ex-gestor de Plácido de Castro
Barros foi prefeito da cidade dePlácido de Castro entre os anos de 2016 a 2020, quando ele concorreu à reeleição, mas foi derrotado nas urnas no ano passado. O ex-prefeito era empresário e foi gestor da cidade apenas por um mandato.
Durante a gestão, Barros teve o nome divulgado em uma lista de nove prefeitos de nove cidades do Acre,como ficha suja do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC),de agosto do ano passado. Os gestores têm condenações transitado em julgado nos últimos oito anos. As condenações incluem diversos processos, entre os quais desvios ou problemas na http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração do dinheiro público.
Investigações da Polícia Federal na Operação Contágio, também apurou supostas irregularidades em licitações que teriam ocorrido no primeiro semestre do ano de 2020 no município. Conforme a PF, um dos contratos investigados envolvia mais de R$ 500 mil para a compra de equipamentos de proteção individual (EPI’s) para profissionais da saúde que atuavam no combate à pandemia causada pela Covid-19, na mandato dele.


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