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Conta de luz dos acreanos vai aumentar em quase 5% a partir de domingo


Apesar da discordância dos consumidores acreanos que participaram da audiência pública on-line que discutia o pedido de reajuste da tarifa de energia elétrica da distribuidora no estado, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou o aumento pleiteado pela empresa Energisa Acre.


Com a decisão do governo federal, o novo reajuste da tarifa da energia que passa a vigorar neste domingo (dia 1), chegará aos consumidores residenciais em torno de 4,72%, enquanto o setor industrial chegará a casa dos 5,55%, conforme o parecer definitivo da ANEEL.


“Desde o ano passado que avisamos a população que a privatização refletiria no aumento da energia elétrica”, desabafou o sindicalista Marcelo Jucá, presidente do Sindicato dos Urbanitários do Estado do Acre.


A audiência pública virtual nº. 008/2020 atendia uma solicitação de Revisão Tarifária Extraordinária Contratual da Energisa Acre – Distribuidora de Energia S.A, que reivindica um reajuste de 3,89% para consumidores residências, enquanto o efeito médio para consumidor na média de 4,87%. Para empresa de tensão média, o reajuste chegava aos 4,72% e alta tensão em torno dos 5,55%, conforme uma transmissão ao vivo nas redes sociais.


A revisão foi autorizada pela ANEEL em decorrência do aumento de custos gerenciados pela empresa distribuidora no estado. Com a chegada da pandemia do coronavírus no primeiro semestre do ano, a direção da concessionária teve de congelar a tarifa cobrada no estado por força da Medida Provisória n 998/2020, que obrigava a redução do custo com a compra de energia elétrica e o corte do fornecimento pela Energisa Acre.


Em contrapartida, o governo federal permitiria a indenização de parte da sua base de remuneração, que resultou num saldo negativo de -9,62%, conforme o índice da revisão apresentado.


O sindicalista lamentou que a Revisão Tarifária Extraordinária Contratual da Energisa Acre que estava previsto para vigorar no dia 13 de dezembro deste ano, foi antecipado para o primeiro dia de novembro. Jucá criticou a falta de campanha de conscientização da ANEEL, para que os consumidores acompanhassem a audiência pública que tratava do interesse coletivo da população acreana. “Mais uma vez quem vai pagar esse aumento de 4,87% será a população acreana que vem sobrevivendo do auxílio emergencial”, desabafou o sindicalista.


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