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“Se quiserem melhorar o PIB, olhem para a educação”, diz ministro


Uma prova mostra a figura de um palhaço segurando balões em ambas as mãos. O enunciado diz: “O palhaço ganhou esses balões. Quantos balões ele ganhou?”.


A questão faz parte da última Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) aplicada a estudantes de 8 anos, no 3º ano do ensino fundamental em 2016. Duas a cada 10 crianças não conseguiram responder corretamente à questão, que exige apenas que se contem os nove balões da ilustração.


Mostrando aos jornalistas questões como esta, o ministro da Educação, Rossieli Soares, disse que a defasagem dos estudantes brasileiros começa cedo.


Nesta quinta-feira (30), o Ministério da Educação (MEC) divulgou os resultados do último Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), aplicado a estudantes do 5º e do 9º ano do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio.


Os resultados mostram que, ao final do ensino médio, quando deixam a escola, sete a cada dez estudantes não aprendem nem mesmo o considerado básico em português. A mesma porcentagem se repete em matemática.


“Se o estudante não aprendeu a contar e a resolver esse item [do palhaço], ele não consegue responder às questões no 5º ano e não consegue responder no ensino médio”, afirmou o ministro.


As avaliações revelam, no entanto, alguns avanços no início do ensino fundamental. No 5º ano, a pontuação média em língua portuguesa passou de 208 para 215 entre 2015 e 2017. No mesmo período, a pontuação média de matemática subiu de 219 para 224 pontos.


De acordo com o MEC, os dois resultados colocam os estudantes em um patamar considerado básico. “É importante dizer que o estudante com desempenho básico ainda precisa de acompanhamento e apoio, ainda não é considerado adequado.”


O ensino médio concentra os piores resultados. A etapa mostra estagnação desde 2009. Os estudantes brasileiros estão em média, no nível 2, considerado insuficiente pelo MEC.


“Está na hora de o Brasil tomar uma decisão certeira neste país, de priorizar a educação, em especial a educação básica”, acrescentou Rossieli. “Esses resultados são importantes para que os próximos governadores, juntamente com os prefeitos, para que todos se apropriem desses dados para gerar transformações para o país.”


Os dados mostram que apenas Acre, Alagoas, Ceará, Goiás, Piauí e Tocantins conseguiram agregar mais pontos de proficiência média ao desempenho dos seus estudantes tanto em matemática quanto em língua portuguesa em todas as etapas da educação básica.


As maiores proficiências médias estão concentradas principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Com informações da Agência Brasil.


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