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Comissão pede que MPF-AC apure injúria racial contra Gleici, do BBB 18, após sister ser chamada de ‘macaca’

Grupos sociais querem a quebra de sigilo telemático para descobrir de onde partiu o ataque. Documento foi entregue na Promotoria Regional dos Direitos do Cidadão e deve ser analisado.


Yma comissão pediu que o Ministério Público do Acre (MP-AC) e o Ministério Público Federal (MPF-AC) apurem o crime de injúria racial contra a acreana Gleici Damasceno que está confinada na casa do Big Brother Brasil.


Os grupos de movimentos sociais decidiram procurar os órgãos competentes após Gleici ser chamada de “macaca acreana” em um perfil criado no twitter. Ao G1, o MPF-AC informou que a representação foi entregue na terça-feira (20) na Promotoria Regional dos Direitos do Cidadão e o caso deve ser analisado.


O documento foi assinado por representantes da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Secretaria Adjunta de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seadpir) e Departamento de Promoção de Igualdade Racial (Dpir).


“Desde que a Gleici entrou no BBB ela vem sofrendo. A gente percebe que ela sofre alguns ataques de racismo e menosprezo tanto na casa como fora e nas redes sociais. Ela foi chamada de ‘macaca’ e há ainda internamente os comentários de ‘será que o Acre existe’ que destrói a autoestima das pessoas e o direito humano dela está sendo violado”, afirma Elza Lopes, secretária de Promoção de Igualdade Racial de Rio Branco.


Acreana sofreu ataques racistas na internet (Foto: Reprodução/Twitter)

Acreana sofreu ataques racistas na internet (Foto: Reprodução/Twitter)


Elza destaca que Gleici é presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial e integrante do movimento negro. A secretária explica que o MPF-AC deve ingressar com um pedido da quebra do sigilo telemático de dados para descobrir de quais computadores saíram as ofensas contra a acreana.


“Como ela está confinada não sabe o que está acontecendo aqui fora e isso nos motivou a procurar a Justiça. Também queremos que as pessoas vejam que o racismo e a injúria racial são crimes previstos em lei e inafiançável”, destaca.


A secretária faz um alerta sobre o uso das redes sociais e diz que as pessoas não podem acreditar que a internet é um local sem leis. Elza destaca que os internautas devem ficar atentos aos comentários que fazem e responder pelos atos deles.


“É preciso ter um limite do que é comentado nas redes sociais. As pessoas não podem achar que é normal entrar na vida das pessoas e desrespeitar o individual e também o coletivo. Pois quando a pessoa do perfil chama a Gleici de ‘macaca’ ela está ofendendo toda a população negra, sou negra e me sinto ofendida”, finaliza.


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