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Governadores de nove estados se reúnem no Acre para discutir desenvolvimento sustentável

Acre se comprometeu a acabar com o desmatamento ilegal até 2020. Encontro ocorre nesta quinta-feira (26).


Com intuito de discutir alternativas de desenvolvimento sustentável na região e a criação do dia da Amazônia na 23ª Conferência do Clima da ONU, em Bonn na Alemanha em novembro, governadores de nove estados da Amazônia Legal se reúnem nesta quinta-feira (26) em Rio Branco.


Os efeitos do aquecimento global, segundo cientistas, já são uma realidade, seja com furacões devastadores, inundações fora de época e ondas de calor, extremos do clima que atingem a todos.


As causas são as atividades humanas e a emissão de gases do efeito estufa, o que acelerou drasticamente a elevação das temperaturas médias dos anos 1980 até atualmente.


Com o cenário, a Amazônia tem um papel fundamental para a redução do desmatamento e das queimadas, diminuindo em 25% a emissão de gás carbônico na atmosfera. Uma iniciativa no Acre tem servido de modelo para todo o planeta, pois em 2015, durante a Conferência do Clima em Paris, o governo do estado se comprometeu a acabar com o desmatamento ilegal até 2020.


Há sete anos, o estado tem uma lei que criou o Sistema de Incentivos a Serviços Ambientais (Sisa). O programa é considerado um marco regulatório que garante a conservação da floresta e recebe pagamentos por resultados de redução de emissão de carbono.


São 5 dólares por uma tonelada de carbono que se deixa de emitir. A medição é feita por um programa de satélite que analisa a emissão. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), neste ano, o estado reduziu em 34% o desmatamento.


“Ela [a prática] fomenta e amplia os serviços ambientais. Isso só é possível com a manutenção das florestas em pé. Então, o primeiro programa que nós estamos implementando e que já garantiu recursos financeiros, R$ 100 milhões, já estamos na segunda fase de negociação. Ele garante o que? Que a gente comece a ter uma maior inclusão social e um melhor desenvolvimento, que a gente chama de baixas emissões de carbono com a manutenção das florestas em pé. Inclusive com a recuperação de áreas que já estão abertas com maior produtividade a partir de práticas mais sustentáveis”, explica a diretora-presidente do Instituto de Mudanças Climáticas (Imc).


A Amazônia é considerada um grande ativo ambiental do Brasil e do mundo e é importante para o equilíbrio da vida no planeta, mas também para o equilíbrio econômico.


“A Amazônia tem floresta, a Amazônia tem biodiversidade, sociodiversidade. Ela tem 20% da água doce disponível no mundo. Ela é responsável 30% a 40% da chuva que cai no Sul e Sudeste do Brasil, chegando até o extremo sul da América do Sul. Então, ela tem funções fundamentais para o próprio desenvolvimento econômico”, destaca o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientais do Acre, Alberto Tavares.


Ele completa ainda que sem floresta não há chuva e destaca que a Amazônia precisa ser tratada com respeito, além de preservada.


“Além de ser considerada o pulmão da Amazônia, ela é o nosso ar-condicionado. É uma caixa d’Água. Diante disso, não se faz agricultura ou pecuária sem água. Não se faz nada sem água. Ela tem um papel fundamental para uma agenda global, nacional e obviamente para as agendas de desenvolvimento local”, finaliza.


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