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‘Um homem totalmente da paz’, diz filho de ex-deputado condenado pelo Crime da Motosserra

Desde o início do ano, o ex-coronel Hildebrando Pascoal, de 65 anos, conhecido pelo Crime da Motosserra, teve o regime semiaberto mantido pela Vara de Execuções Penais da Comarca de Rio Branco. O ex-deputado cumpre a pena em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico e, segundo o filho, Hildegard Gondim, ele ainda sente dores diariamente. Já fora do presídio após quase 20 anos encarcerado, Gondim diz que o pai é um homem calmo e que não aparenta revolta contra ninguém.


“A única coisa que ele quer é curtir os netos. Ele não pôde curtir a gente molecão, mas está curtindo os netos. Minha vida é levar sempre meus filhos para lá para ele ficar caducando. Não tem revolta, não tem raiva. Fala muito em Deus, lê muito a bíblia e é um homem totalmente da paz mesmo”, diz o filho.


Entre os problemas de saúde de Pascoal, estão discopatia e doenças degenerativas da coluna vertebral. Além de hipertensão, diabetes. O ex-deputado, segundo o filho, sofre de dores diariamente, mas tenta evitar o uso da morfina, que chegou a lhe dar alguns efeitos colaterais durante o tratamento. Para receber Pascoal, a família fez algumas mudanças na casa, principalmente, no quarto em que ele fica.


“Ainda sente as mesmas dores. Só que está no conforto da casa dele, mas as dores continuam. Para tentar controlar, fazemos a hidroterapia, fisioterapia, só para tentar amenizar mesmo. Ele faz de tudo para não tomar [a morfina], ele sofreu bastante com os efeitos colaterais. Não sai pra canto nenhum e nem pode. O único canto que ele sai é pra fazer os tratamentos”, alega.


Prisão domiciliar


Desde fevereiro, Pascola conseguiu o benefício de cumprir a pena em casa após passar 16 anos no presídio de segurança máxima Antônio Amaro. E em 2015, a família iniciou uma verdadeira batalha para conseguir a progressão da pena do ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, acusado de liderar um grupo de extermínio que atuou no Acre durante a década de 1990.


‘Caso Motosserra’


Em 30 de junho de 1996, Itamar Pascoal, irmão de Hildebrando, foi morto com um tiro por José Hugo e Agilson Santos Firmino, o “baiano” teria presenciado a cena. A partir disso, Pascoal, que era coronel da PM, teria agido por vingança. Firmino então foi morto e esquartejado com uma motosserra.


O filho de Firmino, Wilder Firmino tinha 13 anos na época e também foi sequestrado e morto. O corpo do adolescente foi encontrado queimado por ácido. Em 2009, ele foi condenado pela morte de Agilson Firmino, o ‘Baiano’, caso que ficou conhecido popularmente como ‘Crime da Motosserra’. As condenações todas somam mais de 100 anos.


Histórico


Acusado de chefiar um grupo de extermínio no Acre, Pascoal cumpre pena em Rio Branco por tráfico, tentativa de homicídio e corrupção eleitoral.


Hildebrando Pascoal Nogueira Neto nasceu em 17 de janeiro de 1952 em Rio Branco, no Acre. Fez carreira na Polícia Militar e chegou a ser comandante da instituição. Em 1994, elegeu-se deputado estadual pelo PFL e exerceu o mandato entre 1995 e 1999. Nas eleições de 1998, conquistou o cargo de deputado federal, mas não chegou a cumprir nem um ano do mandato.


Após diversas denúncias contra Hildebrando Pascoal na Justiça do Acre, o Congresso formou uma comissão parlamentar de inquérito em abril de 1999, chamada CPI do Narcotráfico.


A CPI e o Ministério Público investigavam a existência de um grupo de extermínio no Acre, com a participação de policiais, e que seria comandado por Hildebrando Pascoal. O grupo também era acusado de tráfico de drogas. Com informações g1acre


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