Ícone do site Ecos da Noticia

Mãe diz que há 4 anos tenta fazer eletroencefalograma em filho autista no Hospital das Clínicas, no Acre

Saúde diz que houve substituição de medicamento para fazer o exame e que, por isso, houve redução na quantidade de procedimentos feitos. Criança tem autismo e aguarda laudo.

A dona de casa Edilene Benevid reclama que está há dois anos tentando realizar um exame no Hospital das Clínicas de Rio Branco. O eletroencefalograma é o teste que avalia a atividade elétrica do cérebro e é esperado para que o diagnóstico de autismo do pequeno José, de 6 anos, seja fechado. A mãe alega que o exame, que permite a avaliação elétrica da atividade cardíaca e da sua condução, não está sendo feito por falta de sedativo na unidade.


O pequeno José espera por esse exame desde que ainda era um bebê de 2 anos, hoje está com 6 e ainda não conseguiu realizar o procedimento. A irmã dele de 3 anos também apresenta os mesmos sintomas.


“A gente já fez três exames dele, falta só um, que é o eletroencefalograma, que estou esperando. Agora que é o último exame e o da minha filha estou esperando dois exames para serem concluídos, que ainda não me chamaram. E essa demora atrapalha e dificulta pra criança. Eu queria que a Secretaria de Saúde olhasse para mim e para os meus filhos, que eles precisam muito. Eu queria muito que eles olhassem, porque os autistas precisam de um tratamento para se desenvolver, quanto mais demorar, pior é para a criança”, diz a dona de casa.


Por meio de nota, a Superintendência do Hospital das Clínicas de Rio Branco, informou ao Acre TV que o medicamento utilizado para o exame de eletroencefalograma – hidrato de cloral – aplicado por via oral, teve o uso substituído pela Anisa há cerca de um ano.


O medicamento utilizado como sedativo é aplicado via endovenosa, o que exige monitoramento por anestesiologista durante o exame e que, por esse motivo, não houve suspensão dos exames referidos, mas, sim redução da quantidade de exames realizados, sendo feitos apenas uma vez por semana desde a substituição do medicamento. O hospital estuda atualmente a possibilidade da realização de mutirões para atender à demanda de exames acumulados.


Segundo a mãe da criança, José é sempre agitado, comportamento atípico de uma autista e é exatamente por isso que ele precisa ser sedado para a realização do eletroencefalograma.


“Aí eu venho aqui no Hospital das Clínicas perguntar sobre o exame, aí eles falam que o equipamento não está funcionando, que tá faltando sedativo ou talvez até que a médica não sabe mexer no equipamento”, conta.


A criança precisa do laudo para que o médico possa receitar a medicação correta e para saber grau de autismo que ela possui. Com a demora do exame, a mãe vive dias de angústia. “Não tenho como trabalhar. Eu preciso muito terminar esse diagnóstico, porque para o remédio, eu vou precisar desse laudo até para eu poder ir no INSS”, esclarece.


Por conta da lentidão na reposição do medicamento, resta agora para a mãe aflita, esperar. “É muito difícil ficar esperando porque no caso do meu filho, ele não vai poder estudar o ano que vem se demorar todo esse tempo. Porque ele precisa de uma medicação, de um fonoaudiólogo que não tem como fazer o acompanhamento médico dele sem esse diagnóstico”, finaliza.


Fonte: G1


Sair da versão mobile