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Coreia do Sul fecha maior mercado de carne de cachorro antes de Jogos de Inverno

O maior mercado de carne de cachorro na Coreia do Sul começou a fechar as portas como uma forma de acabar com as críticas internacionais à prática de matar cães para o consumo humano antes que o país seja sede das Olimpíadas de Inverno, em 2018.


O mercado de Moran, em Seongnam, vende mais de 80 mil cães, mortos ou vivos, todo ano, sendo responsável por um terço de toda a carne de cachorro comercializada em toda a Coreia do Sul , de acordo com a mídia local.
Na segunda-feira (27), oficiais e vendedores começaram a retirar as estruturas de açougue e as jaulas onde os cachorros eram mantidos antes do abate. A decisão de fechar o mercado foi tomada depois que defensores dos direitos dos animais ressaltaram as condições precárias sob as quais os bichos viviam e as formas cruéis como eram mortos: eletrocutados, enforcados ou espancados. O cheiro e o barulho também eram reclamações constantes dos vizinhos.


Entretanto, o fechamento do mercado enfrenta oposição. Dentre os 22 vendedores de carne de cachorro que haviam concordado em cooperar, alguns se rebelaram e agora se opõem à medida, exigindo indenização para compensar os negócios que serão perdidos.


“Quase 80% dos nossos clientes visitam nossas lojas para comprar carne de cachorro fresca, o que iremos fazer se não pudermos fornecer a eles? O governo vai nos pagar?”, indagou um vendedor do mercado de Moran em entrevista ao “Korea Herald”.


Autoridades de Seongnam afirmaram que os comerciantes receberão auxílio financeiro para reformar suas lojas e abrir novos negócios. A inciativa é parte do esforço para remodelar o mercado a céu aberto e dar fim à associação ao comércio de carne de cachorro.


De acordo com o Serviço de Informação Estatística da Coreia, quase 900 mil cachorros eram mantidos em mais de 100 fazendas em 2010. Aqueles que apoiam a indústria afirmam que comer a carne dos cães é benéfico à virilidade masculina e ajuda no combate ao cansaço e a doenças, principalmente durante o verão.


No mercado de Moran, os clientes podiam escolher o cachorro ainda vivo e assistir enquanto era assassinado. Por mais que poucos coreanos consumam a carne exótica com frequência, o ingrediente é incorporado a pratos em restaurantes e a tônicos de ervas em lojas de alimentos saudáveis.


A crítica ao consumo da carne de cachorro se intensificou em 2002, quando a Coreia do Sul foi sede da Copa do Mundo junto ao Japão. Alguns ativistas lançaram petições online pedindo o boicote ao evento esportivo de 2018 caso o país se recusasse a banir a prática.


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