O Acre terminou o terceiro trimestre de 2025 com taxa de desocupação de 7,4%, praticamente estável em relação ao trimestre anterior (7,3%), segundo a PNAD Contínua Trimestral divulgada nesta quinta-feira (14) pelo IBGE. O estado segue no meio da tabela nacional e apresenta indicadores que revelam tanto desafios quanto avanços no mercado de trabalho.
A taxa de desocupação do Acre (7,4%) continua acima da média nacional, que caiu para 5,6%, a menor da série histórica iniciada em 2012. Ainda assim, o estado se mantém distante das maiores taxas do país, Pernambuco (10,0%), Amapá (8,7%) e Bahia (8,5%).
O comportamento praticamente estável do Acre segue a tendência da maioria das unidades da federação. Somente duas registraram queda no período: Roraima (de 5,9% para 4,7%) e Tocantins (de 5,3% para 3,8%).
Um dos destaques positivos do Acre está no indicador de população ocupada que trabalha por conta própria. O estado registrou 19,3%, o segundo menor índice entre todas as unidades da federação, à frente apenas do Distrito Federal (17,5%).
O resultado indica maior presença de empregos formais ou vínculos mais estáveis na estrutura produtiva local, já que estados com maior informalidade costumam apresentar percentuais mais altos de trabalhadores autônomos.
A taxa de informalidade no Brasil ficou em 37,8%. Embora o relatório não detalha a posição exata do Acre nesse indicador, o estado não aparece entre os mais críticos, como Maranhão (57%), Pará (56,5%) e Piauí (52,7%), nem entre os melhores, como Santa Catarina (24,9%).
Na última divulgação trimestral, o Acre se mantinha em faixa intermediária, com leve tendência de redução da informalidade.
O rendimento médio real do trabalhador brasileiro foi de R$ 3.507 no terceiro trimestre, estável em relação ao período anterior. Os dados regionais mostram crescimento apenas no Sul e no Centro-Oeste, enquanto as demais regiões, incluindo o Norte, ficaram estáveis.
O Acre também não aparece entre os estados com maior número de pessoas desalentadas, aquelas que desistiram de procurar emprego, nem entre os mais bem posicionados. Os maiores percentuais estão no Maranhão (9,3%) e Piauí (7,9%), enquanto os menores são Santa Catarina (0,3%) e Mato Grosso (0,7%).
Em relação à subutilização da força de trabalho, que mede desocupados, subocupados e pessoas que poderiam trabalhar mais horas, o Acre se mantém fora dos extremos nacionais.
Fonte: ac24horas