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Família de chapeiro morto em acidente no AC pede responsabilização de pais de adolescentes: ‘De quem era a moto?’

Sangela dos Santos, esposa do chapeiro Osvaldo morto em acidente de moto, pede que pais de menores sejam responsabilizados — Foto: Arquivo pessoal

Sangela dos Santos, esposa de Osvaldo dos Santos, que morreu em um acidente causado por adolescentes no último dia 11, em Rio Branco, quer que os pais dos jovens sejam responsabilizados. Ela fez um boletim de ocorrência na Polícia Civil.


“Descobri que o pai de um deles, inclusive, é policial civil e é a segunda moto que dá pra ele. Os vizinhos, que conhecem ele [um dos adolescentes], disseram que esse menino vinha em alta velocidade. Foram eles que causaram, por imprudência deles mesmos. Como é que um pai dá uma moto para um filho menor?”, questionou.


reportagem não conseguiu contato com a família dos adolescentes. g1 tentou contato com a Polícia Civil para saber qual delegacia investiga o caso e qual a principal linha de apuração, contudo, a assessoria de comunicação apenas informou que há uma investigação em curso, mas não foi repassado nenhum detalhe.


O acidente que tirou a vida de Osvaldo ocorreu no bairro Bela Vista. O veículo da vítima foi atingido por uma motocicleta conduzida por um adolescente 17 anos, que não tem Carteira Nacional de Habilitação (CNH).


Moto de presente

Sangela diz que descobriu que um dos adolescentes fez aniversário no dia anterior ao acidente, quando ganhou a motocicleta.


“Os pais vão ter que ser responsabilizados de alguma coisa. Se não foram eles que deram a moto, de quem era a moto então? Essa pessoa tem que ser responsabilizada. Fui ao Ministério Público e soube que os menores apenas prestaram depoimento e foram liberados”, afirmou ela.


A mulher afirmou que vai lutar por justiça pela morte do marido, que sustentava a família sozinho.


“Ele tem que ser responsabilizado pelo ato porque 17 anos, já entende, e ela [mãe] dele também. Do jeito que os pais [dos adolescentes] estão sofrendo, estou sofrendo também porque perdi meu esposo. É uma dor insuportável”, lamentou ela.


Sangela contou que Osvaldo além de chapeiro também trabalhava como motorista de aplicativo para manter a renda da família. “Tudo que aparecesse ele fazia para manter nossa casa, até porque a casa é financiada e quem pagava era ele”, lamentou.


A mulher contou que os pais dos dois adolescentes não ofereceram nenhuma ajuda. “Nem as condolências me deram. Não ligaram, nem nada. A família dele [de um dos adolescentes] sabe de mim. Temos uma amiga em comum”, concluiu.


Fonte: G1 Acre
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