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Justiça decreta prisão do policial que atirou no pé de entregador no Rio de Janeiro

A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão temporária de 30 dias do policial José Rodrigo da Silva Ferrarini, que atirou no pé do entregador do Ifood Valério Souza Junior durante uma discussão na última sexta-feira (29).


A informação foi confirmada pela defesa do motoboy à CNN na manhã deste domingo (31). A decisão da justiça indicia Ferrarini por tentativa de homicídio qualificado. Entretanto, até o momento, ainda não há informações se o policial já foi encontrado e preso.


Em sua defesa, o atirador alegou às autoridades policiais que efetuou o disparo porque, supostamente, o entregador teria o ameaçado e ele se sentiu intimidado. Ferrarini também aduziu que teria tentado levá-lo para o hospital.


No entanto, a deliberação assinada pela Juíza Nathalia Magluta, afirma que essa afirmação não é verídica pelo que consta na gravação publicada nas redes sociais. Ressalta ainda que o policial agiu de forma agressiva por um motivo “fútil” e que não teria socorrido a vítima depois do crime.


“A versão que o representado procura emplacar em seu depoimento policial, pois não há qualquer evidência, nem mesmo indício remoto, de que o representado estivesse, ao momento do disparo, sentindo-se verdadeiramente intimidado pela vítima, como afirmou”, diz o processo.


Além da prisão, o Ferrarini também foi afastado do cargo por 90 dias e irá responder por um Processo Administrativo Disciplinar da SEAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária).


CNN segue acompanhando os desdobramentos do caso.


Policial atira em entregador de aplicativo no RJ após discussão | AGORA CNN


O que aconteceu

O caso tomou repercussão após o entregador publicar um vídeo em suas redes sociais de quando tomou um tiro pelo policial penal, José Ferrarini,  ao tentar realizar uma entrega em seu prédio.


Segundo o motoboy, a discussão teria se iniciado após ele se recusar a subir no apartamento para entregar o pedido.


O Ifood, serviço de entrega em que o entregador estava trabalhando, afirmou que “não tolera qualquer tipo de violência” e que o entregador só tem obrigação de “deixar o pedido no primeiro ponto de contato”. A empresa também reiterou que disponibilizará apoio jurídico e psicológico à Valério.


Em contato com a CNN, a defesa do entregador afirmou permanece alojada no pé de Valério, e que ele será submetido à uma outra avaliação hospitalar para saber se precisará passar por procedimento cirúrgico. 


O que dizem as autoridades

Até o momento, o caso segue investigado pela 32ª DP (Taquara). O entregador realizou o exame de corpo de delito e outras testemunhas serão ouvidas pela Polícia Civil. Além disso, a corporação informou que a arma do agente foi recolhida e será periciada.


Outras diligências estão em andamento para esclarecer os fatos.


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