O dólar fechou em baixa ante o real nesta sexta-feira, na esteira das perdas da moeda norte-americana no exterior, e acumulou queda semanal, depois que uma bateria de dados mistos nos Estados Unidos manteve as expectativas de que o Federal Reserve poderá cortar a taxa de juros já em setembro.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista fechou em baixa de 0,34%, a R$5,3994. Na semana, a moeda acumulou queda de 0,64%.
Às 17h14, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,28%, a R$5,419 na venda.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,399
- Venda: R$ 5,399
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,419
- Venda: R$ 5,599
O que aconteceu com dólar hoje?
O dólar, que havia subido na quinta-feira após dados mostrarem que os preços ao produtor nos Estados Unidos cresceram mais do que o esperado em julho, perdeu a maior parte desses ganhos nesta sexta-feira e deve encerrar a semana 0,5% mais baixo.
“Os números de preços ao produtor foram um choque, mas ainda há poucas evidências concretas de um aumento da inflação impulsionado por tarifas”, disse Kyle Chapman, analista de mercados cambiais da Ballinger & Co.
“Com os mercados permanecendo firmes em suas apostas para um corte em setembro e o foco agora mudando para o Alasca, o dólar está devolvendo seus ganhos”, acrescentou Chapman.
Os mercados precificam uma chance de 93% de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros pelo Fed em setembro, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
Um corte de juros em setembro, o primeiro deste ano, seguido talvez por outro antes do fim do ano, continua sendo a previsão da maioria dos economistas entrevistados pela Reuters, em meio a preocupações crescentes sobre a saúde da maior economia do mundo.
O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, disse nesta sexta-feira que os relatórios desta semana mostrando um aumento na inflação de serviços são uma fonte de “desconforto”, dado o que ele vê como o impulso “estagflacionário” das tarifas sobre a economia.
Na sexta-feira, os investidores também estão atentos para ver se a cúpula entre Trump e Putin fará algum progresso em direção a um cessar-fogo na Ucrânia.
(Com Reuters)