Ícone do site Ecos da Noticia

Família de detento internado exige mais visitas no Hospital do Juruá

Foto: Cedida

A família do detento de 23 anos, que está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Regional do Juruá, depois de sofrer uma parada cardíaca dentro do presídio no último dia 20, reclama por não ter acesso suficiente a ele na unidade hospitalar.


A irmã do detento conta que a mãe só o viu uma vez. É a direção do presídio que não permite a visita. A minha mãe só viu ele uma vez e não conseguiu mais. A gente está muito aflita porque os demais pacientes podem ter visita no hospital, mas ele, porque é preso, não pode. Estamos indo ao Ministério Público denunciar essa situação”, declarou a mulher, que não quis se identificar.


O detento tem atualmente 23 anos e segundo a irmã, tem problemas no coração desde os 14 e já foi submetido a uma cirurgia para implantação de válvula, em decorrência de sequelas de febre reumática.


Apesar da notícia não oficial que circulou que o detento foi encontrado com um pó branco no rosto e que teria sofrido uma overdose de drogas, que teria causado a parada cardíaca, ela nega tudo. Diz que o irmão já havia iniciado um tratamento para o coração que foi interrompido pela primeira prisão. Esta é a segunda vez que ele cumpre pena.


“A primeira vez que ele foi preso foi em 2023, que ele passou dois anos e alguns meses, aí ele saiu esse ano agora. Foi quando aí ele foi preso de novo e parou de fazer tratamento, por conta que não tinha como lá dentro. Eles também não levavam ele para fazer exame e remédio também era difícil deixar entrar. Aí quando ele saiu agora, quando ele saiu agora nessa vez, aí ele voltou a fazer o tratamento dele, tava tomando remédio, tava fazendo exame com a doutora dele particular. Aí foi quando ele foi preso agora de novo, que aí não teve mais como ele fazer o tratamento dele, nem tomar os remédios, aí aconteceu esse acidente com ele. Mas droga, ele não usa”, pontua.


Atualmente, o reeducando permanece entubado e em ventilação mecânica, com quadro hemodinamicamente instável.


O homem, que não teve o nome divulgado, cumpre pena no bloco 8 onde estão os faccionados. Ele foi preso há dois meses pela morte de João Vitor da Silva Borges, de 21 anos, que no último mês de março foi encontrado com as mãos amarradas para trás e com várias perfurações de faca nas costas. Ele foi com condenado a morte por uma facção por ter evitado um assalto e ter segurado o assaltante até a chegada da Polícia Militar. Várias pessoas, incluindo uma mulher, foram presas pelo crime.


Sair da versão mobile