Após subir nos primeiros negócios desta segunda-feira, 28, o dólar comercial passou a cair diante da perda de força da divisa americana no exterior em meio aos desdobramentos da guerra comercial entre EUA e China e com possível influência técnica em semana de definição da taxa Ptax do fim de abril, na quarta-feira (30). A divisa seguiu em baixa durante boa parte da tarde e fechou na casa dos R$ 5,64, a sétima baixa seguida da moeda americana.
Ainda em destaque, investidores aguardavam uma bateria de dados econômicos no restante da semana e novidades sobre a guerra comercial entre EUA e China.
Investidores avaliaram também o boletim Focus e os dados sobre transações correntes do País e de investimentos direto estrangeiro (IDP)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo tem conjunto de medidas micro e macroeconômicas para alavancar investimento e que o que acontece no mundo hoje representa oportunidade para acordos bilaterais.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar comercial caiu 0,68%, a R$ 5,647 na compra e R$ 5,648 na venda. Nos últimos sete dias úteis a divisa acumulou perdas de 4,11%. Em abril a moeda acumula queda de 1,02%.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento, tinha baixa de 0,67%, a 5.653 pontos.
Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em leve baixa de 0,05%, a R$5,6903.
Dólar comercial
- • Compra: R$ 5,647
- • Venda: R$ 5,648
Dólar turismo
- • Compra: R$ 5,699
- • Venda: R$ 5,879
O que aconteceu com o dólar hoje?
Nos EUA, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que cabe à China diminuir tensões comerciais com os EUA, frente ao atual nível “insustentável” das tarifas entre ambos.
Os formuladores de políticas da China estão segurando anúncio de estímulos dada a falta de clareza sobre a política comercial americana e diante das esperanças de um acordo entre as duas potências econômicas.
No boletim Focus, a mediana para a inflação suavizada nos próximos 12 meses se manteve em 4,95%, após dez semanas de queda. Um mês antes, era de 5,15%. Já a mediana de IPCA 2025 passou de 5,57% para 5,55%, acima do teto da meta.
O fluxo cambial total do Brasil está positivo em US$ 2,653 bilhões em abril, até o dia 24, informou o Banco Central. O fluxo financeiro é negativo em US$ 1,756 bilhão, e o comercial, positivo em US$ 4,409 bilhões.
O Brasil teve déficit de US$ 2,245 bilhões na conta corrente em março, após saldo negativo de US$ 8,758 bilhões em fevereiro, informou o Banco Central. O rombo foi menor do que a mediana negativa esperada (US$ 3,30 bi), mas é o maior déficit para meses de março desde o ano passado (US$ 4,087 bilhões).
Investimento Estrangeiro Direto (IDP) somou US$ 5,99 bilhões em março, abaixo do piso das estimativas do mercado (de US$ 6,6 bi a US$ 11,6 bi), mas em 12 meses houve um déficit de IDP de US$ 68,213 bilhões até março (3,19% do PIB), acima do déficit em conta corrente no mesmo período pela primeira vez desde fevereiro de 2020.
Na semana, que tem feriado do Dia do Trabalho e fechamento dos mercados na Europa, China, Hong Kong e Brasil na quinta, os investidores aguardam dados fiscais locais, do IGP-M de abril e do mercado de trabalho. No exterior, os destaques são as primeiras estimativas do PIB dos EUA e da zona do euro referentes ao primeiro trimestre e o índice de inflação PCE de março dos EUA, na quarta-feira, além do relatório de emprego americano, conhecido como payroll, de abril, na sexta-feira.
(com Estadão Conteúdo e Reuters)