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Dólar acompanha exterior e fecha em alta, a R$ 5,64, descolado de dados do Brasil

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Cédulas de dólar — Foto: John Guccione/Pexels

O dólar à vista fechou em alta ante o real nesta terça-feira (3), acompanhando os ganhos da moeda norte-americana no exterior, com os investidores se posicionando para uma semana repleta de dados que podem definir a trajetória do corte de juros do Federal Reserve.


O foco no exterior fez com que o cenário local ficasse em segundo plano nas negociações do dia, mesmo após números acima do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre reforçarem a tese de aumento da taxa Selic em setembro.


Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar comercial subiu 0,48%, a R$ 5,641 na compra e na venda. O dólar futuro de próximo vencimento (DOLc1) subia 0,47%, a 5.659 pontos.


Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,34%, cotado a R$ 5,6172. No ano, a divisa norte-americana acumula alta de 16,33%.


Dólar comercial

  • • Compra: R$ 5,641
  • • Venda: R$ 5,641

Dólar turismo

  • • Compra: R$ 5,672
  • • Venda: R$ 5,852

O que aconteceu com o dólar hoje?

O foco dos investidores nesta semana pende para os dados de criação de empregos nos Estados Unidos, depois que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, defendeu no mês passado o início dos cortes na taxa de juros como resposta a preocupação com o esfriamento do mercado de trabalho do país.


Economistas ouvidos pela Reuters esperam a criação de 160.000 empregos nos EUA em agosto, acima das 114.000 vagas criadas em julho.


Antes disso, entretanto, dados de vagas em aberto devem ser divulgadas na quarta-feira (4) e o relatório de pedidos de auxílio-desemprego na quinta-feira (5) estarão no centro das atenções.


Enquanto aguardam, os investidores optaram pela cautela e o dólar teve um desempenho superior a outros pares internacionais nesta terça-feira. O índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,12%, a 101,78 pontos.


Por aqui, os dados positivos de atividade econômica ficaram em segundo plano. O IBGE informou pela manhã que o PIB do Brasil cresceu 1,4% de abril a junho deste ano, na comparação com o primeiro trimestre. O resultado ficou bem acima da expectativa de alta de 0,9% apontada em pesquisa da Reuters com economistas.


Em comentário enviado a clientes, o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, destacou sua preocupação com a inflação. “O outro lado desta história é a inflação, que está pressionada. Com bandeira vermelha e câmbio desvalorizado, dificilmente a gente vai conseguir inflação abaixo de 4,3% ou de 4,4%, com risco inclusive de bater 4,5%”, pontuou.


Os dados reforçaram a tese de aumento de juros pelo Banco Central em setembro, com repercussão, inclusive, na curva de juros futuros.


A curva brasileira seguiu indicando chances majoritárias de elevação de 25 pontos-base da taxa Selic este mês. Perto do fechamento a curva precificava 72% de probabilidade de alta de 25 pontos-base e 28% de chance de aumento de 50 pontos-base. Na véspera os percentuais eram de 59% e 41%, respectivamente.


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