O aumento do preço dos alimentos deixou o prato feito do brasileiro mais caro no ano passado e continua a pressionar a inflação do país em janeiro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação , divulgado nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Afetados pelo calor e pela seca, segundo especialistas ouvidos pelo g1, os alimentos e bebidas registraram alta de 7,69% em 2024 – acima da inflação geral, que ficou em 4,83%, segundo o IBGE.
A inflação dos alimentos tem sido um tema frequente de debate no governo. Nesta sexta, há a expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúna com alguns ministros para buscar ações que contribuam para abaixar os preços. Além de piorarem a avaliação do presidente, o aumento também pressiona por altas de juros por parte do Banco Central.
A prévia da inflação de janeiro mostrou um avanço de 1,06% do preço dos alimentos e bebidas no mês e contribuiu para que o índice geral registrasse alta de 0,11%. Alimentos como as carnes (1,93%), frango (1,99%) e alface (1,15%) seguiram o viés de alta que apresentaram em 2024. Além disso, cebola (4,78%) e tomate (17,12%) tiveram aumento de preço no mês após registrarem quedas expressivas.
O Brasil registrou o ano mais quente da história em 2024. Os preços mais altos foram consequência de problemas na produção que foram motivados pelo clima extremo, com muito calor, seca prolongada e enchentes que afetaram o sul do país.