A Justiça aceitou denúncia e tornou réus seis presos pela morte de Elvisklei Farias Pereira, de 24 anos, encontrado com as mãos e os pés amarrados no Rio Acre, no dia 13 de setembro do ano passado, em Rio Branco, e manteve a prisão preventiva de todos os suspeitos em decisão assinada pelo juiz de Direito Luís Fernando Rosa no dia 26 de novembro deste ano.
O magistrado considerou que há materialidade do crime e que os indícios de autoria são suficientes para que o grupo vá ao tribunal do júri.
Os seis réus responderão por homicídio qualificado por motivo torpe, com meio cruel e recurso que impossibilitou defesa da vítima, além de integrarem organização criminosa com emprego de arma de fogo, participação de criança ou adolescente (na organização) e conexão com outras organizações.
Conforme a denúncia feita pelo Ministério Público do Acre (MP-AC), os suspeitos foram identificados como:
- • Claudeci Gomes da Costa, vulgo “CI”;
- • Edson de Souza Machado,vulgo “Béreu”/”Berelzinho”;
- • Italo Souza de Araujo, vulgo “Perneta”/”LK” – também vai responder por ser liderança da organização;
- • Jhon Detlevis Monte Ribeiro, vulgo “Porquinha”;
- • Manoel Gleyson Xavier da Silva, vulgo “Mecânico” e
- • Welison da Silva Chagas, vulgo “Pestana”.
O g1 não conseguiu contato com a a defesa dos acusados, que são representados por defensores públicos.
Seis presos
Todos os réus estão presos desde o dia 15 de outubro deste ano, após a Operação Odisseu, da Polícia Civil, que cumpriu mandados em Rio Branco e também no município de Indaial, em Santa Catarina, onde um dos suspeitos foi capturado.
De acordo com a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), também foram cumpridos outros quatro mandados de busca e apreensão.
Conforme a polícia, o crime foi motivado por um “tribunal do crime”. Os suspeitos utilizaram um perfil falso de uma mulher para levar a vítima a uma emboscada. Por isso foi escolhido o nome da operação, Odisseu, em referência ao conto “O Canto da Sereia” da mitologia grega.
O corpo de Pereira foi encontrado por moradores do bairro Cidade Nova, dentro do Rio Acre. De acordo com a polícia, o corpo foi avistado no dia seguinte ao crime.
A vítima tinha sinais de violência no pescoço, estava com a boca amordaçada e com as mãos e os pés amarrados. Nenhum documento foi encontrado com a vítima.
Fonte: G1 Acre