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Promotor Tales Tranin diz que agiu tecnicamente em processos de criminosos com os quais se envolveu

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O promotor do Ministério Público do Acre, Tales Tranin, investigado por suposto envolvimento com facções criminosas, e seu advogado, Erick Venâncio, promoveram coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (13) para marcar posicionamento diante das reportagens publicadas hoje, com exclusividade pelo jornal Ecos da Notícia e repercutida por outros meios de comunicação.


De acordo com Venâncio, algumas das informações propagadas são irreais, enquanto outras são verdadeiras. Os dados, que integram procedimento investigatório administrativo e ainda estão em andamento. “O Dr. Tales está sendo investigado em razão de contatos de natureza sexual que teve com monitorados em ambiente externo, exclusivamente em sua residência e mediante pagamento. Jamais se negará a assumir o que fez. Ele nunca teve amizade, convívio ou qualquer outra natureza, e muito menos envolvimento com organização criminosa ou com a prática de um crime”, disse o advogado, ao iniciar a coletiva.


Entenda o caso:

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A defesa do promotor diz que é mentiroso que seu cliente teve relação ou contato sexual durante inspeções prisionais. “Em momento algum isso foi mencionado no procedimento. Não se tratou dessa questão como praticada no exercício do cargo, principalmente dentro dos procedimentos externos, que são as inspeções rotineiramente feitas. Quando se possibilitaria isso? As inspeções são realizadas com assessores, escoltas de policiais militares e também por policiais penais”, afirmou Erick.


Diante de dúvidas quanto a imparcialidade de seu trabalho, segundo a defesa, Tranin juntou todos os processos aos quais ele teve atuação e que, ao mesmo passo, envolviam pessoas com os quais ele teve relação, e buscou provar que agiu de forma técnica. “Inclusive em sete destes processos eu pedi a prisão ou a regressão de regime, ou seja, é o contrário de qualquer favorecimento”, defendeu-se o promotor.


Por fim, Erick Venâncio falou que a respeito do suposto envolvimento do carro de seu cliente em um assalto, que teria sido praticado em 2023, os fatos já estão esclarecidos no processo. Segundo o que disse, um homem que teria ido ao encontro de Tales pediu o celular emprestado para fazer uma ligação a um terceiro, que diante de desconfianças sobre as intenções do homem, negou. O homem entrou no carro de Tranin, e o terceiro ligou para a polícia descrevendo a situação como suspeita, o que acabou sendo registrado pelo operador como tentativa de assalto de forma equivocada.


“A situação que o Dr. Tales enfrenta é muito difícil, porque em decorrência da sua orientação sexual, das suas opções íntimas, porque todo mundo tem o direito de pagar por sexo, tenha se transformado em algo criminoso. Não existe nenhum juízo de culpa formado, não existe investigação avançada, mas hoje ofende de maneira profunda e cruel a vida do Dr. Tales. Foi feito um assassinado de sua reputação, que só pode ser reparada com a verdade”, complementou o advogado.


Tranin disse que nesta sexta-feira (13), recebeu mensagem de apoio do padre Mássimo Lombardi, que chamou a divulgação das notícias de perseguição por causa da atuação de sua defesa aos mais vulneráveis.


Por fim, a defesa informou que requereu junto ao CNMP uma investigação sobre a fonte do vazamento das informações do processo.


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