Disputa direta entre dois candidatos é a realidade de 49% (2.748) dos Municípios. Serão, portanto, 5.496 candidatos concorrendo diretamente ao cargo do executivo municipal em todo o País. Já no Acre, esse percentual é um pouco menor: 36% das cidades terão dois candidatos diretos. São oito municípios, entre eles Acrelândia (Olavinho versus Sionaylton); Brasiléia (Carlinhos x Leila) ou Capixaba (Manoel x Sara) para citar uns exemplos.
Assis Brasil, Cruzeiro do Sul, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Sena Madureira também tem apenas dois postulantes ao cargo de prefeito.
De todas as cidades com dois candidatos à disputa pelo cargo de prefeito, 42% pertencem a Municípios dos estados de Minas Gerais (429), Rio Grande do Sul (282), São Paulo (227) e Bahia (214). Os maiores percentuais, por sua vez, pertencem às cidades do Piauí (76%), Paraíba (71%), Rio Grande do Norte (69%) e Tocantins (63%), enquanto os menores percentuais foram encontrados no Rio de Janeiro (13%), Espírito Santo (26%) e Rondônia (29%).
Ao nível nacional, percentual é o segundo maior das últimas sete eleições, ficando atrás somente do pleito de 2000, quando 2.794 cidades tiveram apenas dois candidatos. A informação faz parte da série de estudos temáticos divulgada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) sobre as Eleições Municipais de 2024.
O levantamento revelou que somente 11% das cidades (618 de 5.569) nunca contaram com dois candidatos em disputa. Em contrapartida, em 4.951 cidades os habitantes já tiveram que escolher entre apenas dois concorrentes nas últimas sete eleições. Desse total, em 66% (3.263) dos Municípios esse evento já ocorreu entre três e seis vezes. Em 203 cidades, todas as disputas eleitorais desde 2000 se deram entre apenas dois candidatos.
Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, a redução no número de candidaturas neste ano explica esse cenário. Estudo da CNM revelou uma diminuição de 20% no total de candidatos ao cargo de prefeitos quando comparado ao pleito de 2020. “Os crescentes desafios na gestão municipal e a grave crise financeira que assolou os Municípios nos últimos anos podem ter motivado esse aumento de pleitos enxutos nos Municípios e ter resultado neste desestímulo em ocupar o cargo de prefeito no país”, avalia o presidente da CNM.
Piauí, Paraíba e Rio Grande do Norte são os Estados com os maiores percentuais de disputa entre dois candidatos, com 76%, 71% e 69%, respectivamente. Na outra ponta, estão os Municípios do Rio de Janeiro (13%), Espírito Santo (26%) e Rondônia (29%). Em números absolutos, o Estado de Minas Gerais lidera o ranking de disputa direta, com 429 Municípios neste cenário; seguido por Rio Grande do Sul (282); São Paulo (227); e Bahia (214).
Sete a cada dez cidades, com disputas entre dois candidatos, o pleito ocorre entre candidatos do sexo masculino. Em 1.981 cidades os dois candidatos são homens, representando 72% do total. Em outras 701 cidades, correspondendo a 26% do total, a disputa se dará entre um homem e uma mulher. Somente em 2% das cidades (66) a disputa será entre duas mulheres.
Outro ponto do perfil dos candidatos é que em apenas 77 Municípios (3%) haverá disputa entre candidatos que se declararam pretos ou pardos. Em quase metade, 1.201 Municípios, os dois concorrentes são brancos. Em 870 cidades, ou 32%, os candidatos se declararam brancos ou pardos.
No que se refere ao partido dos candidatos, a CNM analisou a disputa mais frequente nos Municípios. As três disputas mais frequentes serão entre MDB x PP (168), MDB x PSD (154) e MDB x PL (111). As 20 maiores disputas partidárias respondem por 56% do total de pleitos com dois candidatos, com 1.548 cidades nesse rol. Os cinco partidos mais envolvidos em disputas são MDB (900), PSD (753), PP (646), UNIÃO (523) e REPUBLICANOS (434). Esses partidos concentram 3.256 candidaturas, ou 59% do total de 5.496. (Com CNM).