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Maior parte da fumaça que acumula no Acre vem do Sul do Amazonas, diz Cigma

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Acúmulo de fumaça se deu por conta do elevado número de focos de calor. Foto: Pedro Devani/Secom

O governo do Acre, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), faz um novo alerta à população, nesta segunda-feira, 2, devido à piora da qualidade do ar.


De acordo com o Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), vinculado à Sema, o acúmulo de fumaça se deu por conta do elevado número de focos de calor na Amazônia, com fumaça em maior concentração vinda do sul do Amazonas.


A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, reforçou que o governo do Acre, por meio do Gabinete de Crise, composto pelas secretarias do Estado, está mobilizado no enfrentamento ao período crítico.


“Estamos reforçando os esforços na fiscalização e monitoramento ambiental contínuo. A piora na qualidade do ar requer atenção especial de todos os setores. É fundamental a sensibilização de todos para o entendimento da gravidade da situação; combater as queimadas é mais que necessário, e todos nós temos uma parcela de contribuição. O agravamento da qualidade do ar, em nível péssimo, a baixa umidade do ar e a seca dos rios e igarapés sinalizam atenção não só aos impactos ambientais, mas também à saúde”, afirmou.


Segundo os dados do Cigma, a qualidade do ar nos municípios acreanos apresentou um acréscimo na média diária acima dos níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece um limite seguro de 15 microgramas por metro cúbico (μg/m³).


Conforme o reporte situacional, a regional do Baixo Acre lidera o ranking de criticidade na qualidade do ar. A capital acreana, Rio Branco, registrou uma média de 193,65 (μg/m³), 13 vezes acima do recomendado pela OMS, o que torna a concentração de partículas na cidade em nível péssimo.


Ao comentar os impactos das condições climáticas extremas, a titular da Sema destacou ainda a gravidade da situação causada pelas queimadas na região: “A fumaça é resultado das queimadas, tanto locais quanto regionais, sendo transportada pelos ventos. Esse problema é agravado pela seca extrema, afetando tanto as áreas próximas quanto regiões mais distantes”, complementou.


Também nas regionais do Alto Acre, Purus, Tarauacá-Envira e Juruá, a concentração de poluentes se manteve em nível muito ruim, durante todo o dia.


O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), orienta a população a seguir as recomendações do Ministério da Saúde sobre as necessidades de cuidados com a saúde respiratória.


Entre as orientações estão: aumentar a ingestão de água e líquidos, reduzir o tempo de exposição em ambientes abertos, evitar portas e janelas abertas durante os horários com maior concentração de fumaça, evitar atividades físicas quando houver indicação de alta concentração de poluentes e fazer uso de máscaras.


A Sesacre também recomenda aos cidadãos que fiquem atentos aos sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde e que, diante de sintomas físicos, busquem atendimento médico o mais rapidamente possível.


Equipes da Operação Sine Ignis realizam diligências em Tarauacá. Foto: Pedro Devani/Secom

 

Entre as ações que estão sendo realizadas pelo Estado para o enfrentamento deste momento de evento extremo de seca, a intensificação da fiscalização em todo o Acre, por meio da Operação Sine Ignis; o monitoramento ambiental, com imagens de precisão de três metros; ações da educação ambiental percorrendo os municípios; regularização ambiental; orientações do Corpo de Bombeiros nos municípios; fortalecimento das brigadas; medidas adaptativas para o abastecimento de água nas residências; reconhecimento da situação de emergência de todo o estado; e organização por meio do comitê de crise das ações para o enfrentamento coordenado da situação.


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