Esquema de máquinas de bichinhos dificulta liberação de brindes

Desta vez a ação da Polícia aconteceu no Rio de Janeiro essa semana na segunda fase da Operação Mãos Leves, contra quadrilhas que exploram máquinas de bichinhos de pelúcia. A Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) mirou um esquema de adulteração dos aparelhos para dificultar a liberação dos brindes — e descobriu o “golpe da garra fraca”.


A polícia descobriu que o grupo instala em cada equipamento um contador de jogadas que interfere na corrente elétrica que alimenta a grua para fisgar as pelúcias — que o cliente acredita controlar.


Segundo as investigações, somente após um determinado número de créditos o grampo libera a potência necessária para a garra pegar um brinquedo.


Na maioria das tentativas, portanto, a pessoa vai perder dinheiro, porque a máquina não terá a força suficiente para capturar um bichinho — fora a dificuldade natural de acertar a jogada.


O alvo da operação foi a Black Entertainment. No galpão da Black, a polícia encontrou baias identificadas com nomes de shoppings, como o Via Parque e o West. As máquinas adulteradas eram colocadas nessas divisórias e encaminhadas para esses endereços. Todos os aparelhos encontrados na Black estavam com o contador de jogadas.


Foram apreendidos, além das máquinas e das pelúcias, celulares, computadores, notebooks, tablets e documentos, que serão examinados para que a Polícia Civil tente desvendar a estrutura do grupo criminoso, bem como identificar a participação de outros integrantes e de organizações criminosas envolvidas.


Os investigados podem responder por crimes contra a economia popular, contra o consumidor, contra a propriedade imaterial e associação criminosa, além da contravenção de jogo de azar.


As investigações também prosseguirão para apurar eventual prática de lavagem de dinheiro.


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