Dólar sobe e se aproxima de R$5,65 mesmo após leilão extra de swap cambial do BC

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Notas de dólar em foto de ilustração 07/11/2016 REUTERS/Dado Ruvic

O dólar à vista tinha leve alta frente ao real nesta segunda-feira, aproximando-se de R$ 5,65, à medida que investidores continuavam sua busca pela divisa americana mesmo após um leilão extra de contratos de swap cambial realizado pelo Banco Central mais cedo.


Qual a cotação do dólar hoje?

Às 11h08, o dólar comercial subia 0,19%, a R$ 5,642 na compra e R$ 5,644 na venda. O dólar futuro de próximo vencimento subia 0,71%, a 5.663 pontos.


Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,24%, cotado a R$ 5,6363.


Dólar comercial

  • •C ompra: R$ 5,642
  • • Venda: R$ 5,644

Dólar turismo

  • • Compra: R$ 5,687
  • • Venda: R$ 5,867

O que aconteceu com o dólar hoje?

Nesta manhã, o BC realizou sua terceira operação extra no mercado de câmbio desde sexta-feira — e a quarta desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva –, vendendo 14.700 contratos de futuro cambial, o que representa 735 milhões de dólares.


Na última sessão da semana passada, a instituição entrou no mercado à vista pela manhã, vendendo 1,5 bilhão de dólares, com o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, alegando que a operação buscava lidar com um “fluxo atípico” de dólares.


Mais tarde na sexta-feira, o BC realizou nova operação extra, vendendo 15.300 contratos de swap cambial tradicional (765 milhões de dólares), de um total de 30.000 contratos (1,5 bilhão de dólares) ofertados.


Assim, na prática, a oferta de 14.700 contratos desta segunda-feira representa a segunda tentativa do BC de completar a venda dos 30.000 contratos ofertados originalmente.


No entanto, a operação não conseguiu fornecer força ao real, que, depois de avançar ligeiramente frente ao dólar na abertura, passou a exibir tendência de queda após o leilão extra.


No cenário externo, a moeda norte-americana operava sem uma direção única, uma vez que investidores demonstravam maior cautela antes da divulgação de nova bateria de dados econômicos e acompanhavam negociações mais fracas devido a um feriado que fechou os mercados nos Estados Unidos.


O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,09%, a 101,670. O dólar tinha alta de 0,57% em relação ao iene, a 146,99, enquanto o euro era negociado a 1,107 dólar, em alta de 0,21% no dia.


“No âmbito global, as movimentações serão menos exageradas… Entendo que seja um aquecimento para uma semana de muitas emoções”, disse Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.


O grande evento da semana será a publicação do relatório de emprego dos EUA na sexta-feira, com expectativa de analistas consultados pela Reuters de criação de 165.000 postos de trabalho fora do setor agrícola, ante 114.000 no mês anterior.


O relatório de emprego de julho, que veio com números bem abaixo do esperado, fomentou temores de uma recessão nos EUA no início de agosto, o que, somado ao aumento de juros pelo Banco do Japão, causou perdas enormes nos mercados globais.


O apetite por risco tem melhorado desde então, com os preços de ativos se recuperando nas últimas semanas. Grande parte das atenções continuam voltadas para a próxima reunião do Federal Reserve, em que se espera o início de um ciclo de afrouxamento monetário.


Operadores veem 69% de chances de uma redução de 25 pontos-base nos juros do Fed, com 31% de probabilidade de um corte de 50 pontos.


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