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Dólar hoje cai mais de 1% com retomada do debate sobre corte de juros do Fed

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Reuters/Yoriko Nakao/Direitos Reservados

O dólar comercial opera com forte baixa ante real nas primeiras negociações desta sexta-feira (13), ampliando as perdas da véspera, à medida que os mercados globais acirravam o debate em torno do tamanho do corte de juros a ser feito pelo Federal Reserve na próxima semana.


Na seara nacional, investidores continuam ponderando sobre a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na reunião de 17 e 18 de setembro, com ampla expectativa de uma alta de 25 pontos-base na Selic, atualmente em 10,50% ao ano.


Operadores colocavam nesta manhã 86% de chance de um aumento de 25 pontos-base na taxa de juros, com 14% de probabilidade de uma alta de 50 pontos, à medida que a atividade econômica no país tem se mostrado mais forte do que o esperado.


Na agenda macroeconômica, agentes financeiros digerem os números do Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado prévia do Produto Interno Bruto (PIB), que registrou recuo de 0,4% em julho na comparação com o mês anterior, segundo dados da autarquia.


Qual a cotação do dólar hoje?

Às 11h44 (horário de Brasília), o dólar à vista operava em queda de 1,24%, a R$ 5,549 na compra e R$ 5,550 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) tinha queda de 1,34%, a 5.561 pontos.


Na quinta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,57%, cotado a 5,6177 reais.


O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 12.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024.


Dólar comercial

  • • Compra: R$ 5,551
  • • Venda: R$ 5,550

Dólar turismo

  • • Compra: R$ 5,624
  • • Venda: R$ 5,804

O que aconteceu com o dólar hoje?

Os dados econômicos vindos dos EUA durante a semana pareciam apoiar a tese de um corte de 25 pontos-base (pb) na próxima semana, com a medida de inflação de preços ao consumidor que exclui os preços voláteis de alimentos e energia subindo mais do que o esperado em agosto.


No entanto, reportagens do Wall Street Journal e do Financial Times dizendo que um corte de 50 pontos-base ainda é uma opção, e comentários de um ex-funcionário do Fed defendendo um corte de 0,5 pb causaram uma mudança nas expectativas do mercado.


O ex-presidente do Fed de Nova York, William Dudley, disse em um evento em Cingapura que vê espaço para um corte de meio ponto nos juros na reunião da próxima semana.


A chance de o Federal Reserve (Fed) abrir o ciclo de relaxamento monetário com um corte de 50 pontos-base na semana que vem registrou um salto na madrugada de hoje. A ferramenta CME Group mostrava 39% de possibilidade de a taxa básica passar do nível atual (entre 5,25% e 5,50%) para o intervalo entre 4,75% e 5,00% agora em setembro, comparado com apenas 14% na quinta, 12.


Os investidores também estão atentos à decisão da taxa de juros do Banco do Japão na próxima sexta-feira, onde a expectativa é que as taxas sejam mantidas estáveis ​​em 0,25%.


O membro do conselho do BOJ, Naoki Tamura, disse na quinta-feira que o banco central deve aumentar as taxas para pelo menos 1% já no segundo semestre do próximo ano fiscal, mas acrescentou que provavelmente aumentaria as taxas lentamente e em várias etapas.


(Com Reuters)


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