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Dólar cai 0,15%, a R$ 5,58, com visão de diferencial de juro mais favorável ao Brasil

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Reuters/Yoriko Nakao/Direitos Reservados

O dólar comercial fechou a segunda-feira (9) em leve baixa no Brasil, apesar do avanço quase generalizado da moeda norte-americana no exterior, com o real sendo impulsionado pela expectativa de que o diferencial de juros se tornará mais favorável ao país com o corte de juros pelo Federal Reserve e com a alta da Selic pelo Banco Central, na próxima semana.


A divisa fechou em leve baixa de 0,15%, cotado a R$ 5,581 na compra. Em setembro, a divisa acumula queda de 0,97%.


Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar comercial caiu 0,15%, a R$ 5,581 na compra e R$ 5,582 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha queda de 0,41%, a 5.5930 pontos.


Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,30%, cotado a R$ 5,5895.


Dólar comercial

Dólar turismo

O que acontece com o dólar hoje?

A moeda americana começou o dia no Brasil em alta firme ante o real, acompanhando o avanço da divisa dos EUA também no exterior, em meio à expectativa de que o Federal Reserve comece o afrouxamento monetário na próxima semana de forma gradual, cortando os juros em 25 pontos-base.


Dados econômicos fracos do Japão e da China também pesavam sobre o iene e sobre as divisas de exportadores de commodities, favorecendo o dólar.


Neste cenário, o dólar à vista marcou a cotação máxima de R$ 5,6415 (+0,93%) às 9h55, ainda na primeira hora de negócios.


No restante da sessão, porém, o dólar perdeu força ante o real, refletindo a perspectiva de diferencial de juros favorável ao Brasil no futuro próximo.


Enquanto a curva de juros brasileira precificava alta de 25 pontos-base da Selic pelo BC, a curva norte-americana refletia a perspectiva de corte de 25 pontos-base pelo Fed, ambos na próxima semana. Atualmente a Selic está em 10,50% ao ano, enquanto a taxa básica norte-americana está na faixa de 5,25% a 5,50%.


Pela manhã, o boletim Focus do Banco Central indicou que a projeção mediana do mercado para a Selic no fim de 2024 passou de 10,50% para 11,25% ao ano. Na prática, a mudança representa a perspectiva de três altas de 25 pontos-base da Selic ainda este ano — em setembro, novembro e dezembro.


“Esta projeção do Focus consolidou a visão de que o carrego será mais robusto no câmbio. Com isso, a moeda (real) ganha aqui mais proteção, porque fica mais caro apostar contra o real”, comentou Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura.


Assim, o dólar à vista marcou a cotação mínima de R$ 5,5755 (-0,25%) às 14h32, a despeito de, no exterior, a moeda norte-americana seguir sustentando ganhos ante a maior parte das demais divisas.


Às 17h09, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,40%, a 101,600.


Pela manhã o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024.


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