Um dos fugitivos que escaparam do presídio Manoel Neri da Silva, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, cumpre pena por ter matado a namorada e jogado o corpo em uma cisterna em agosto de 2020. Em junho de 2022, Rodrigo Duarte Gomes foi sentenciado a 35 anos de prisão por homicídio qualificado por feminicídio, furto e ocultação de cadáver.
Na última segunda-feira (9), ele e Adelcivane Gomes de Azevedo fugiram da cela nº 12, no bloco 3 da unidade após fazerem um buraco na laje utilizando ferros da própria estrutura. Azevedo já havia fugido do mesmo presídio em julho deste ano, quando ele e outros três detentos fizeram um buraco na parede da cela que ocupavam.
De acordo com o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen-AC), a dupla ainda não foi recapturada e a Polícia Penal mantém as buscas nesta quinta-feira (12), três dias após a fuga.
Na manhã do fato, o coordenador do Grupo de Operações Especiais do Iapen, David Araújo, explicou em entrevista à Rede Amazônica Acre que as informações ainda estão sendo levantadas e ainda não se sabe o horário em que a fuga ocorreu.
“No período da manhã, alguns policiais penitenciários entraram nas alas e identificaram que os detentos não estavam e foi iniciado o protocolo de acionamento do Grupo de Operações Especiais, os agentes entraram e verificaram a cela. Tinham mais presidiários na cela, mas com intenção de fuga, apenas esses dois”, informou.
Condenação
Gomes foi condenado a mais de 35 anos pela morte da namorada Rosiane Martins Cavalcante, de 26 anos, em agosto de 2020. Ele passou por julgamento no dia 14 de junho de 2022 na 1ª Vara do Tribunal do Júri. A jovem foi assassinada e jogada dentro de uma cisterna com fio enrolado no pescoço no bairro Eldorado, em Rio Branco.
Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) pelo crime de homicídio qualificado por feminicídio, furto e ocultação de cadáver. Um outro réu no processo foi impronunciado e, por isso, não foi a júri popular.
Conforme decisão da Justiça, a pena deve ser cumprida em regime inicial fechado e foi indeferido o direito dele recorrer em liberdade. O g1 não conseguiu contato com a defesa de Gomes.
Crime
O cadáver de Rosiane foi achado no dia 6 de setembro de 2020 dentro de uma cisterna na casa dela. A família relatou para a polícia que o último contato com a jovem tinha sido dois dias antes. A vítima tinha um fio enrolado no pescoço e teve o rosto coberto pela blusa que vestia.
Em fevereiro desse ano, Rodrigo Gomes foi pronunciado a júri por homicídio qualificado por feminicídio, ocultação de cadáver e furto. Na época, além da pronúncia, a juíza Luana Campos, titular da vara, determinou que Rodrigo Duarte fosse mantido preso preventivamente.
Fonte: G1 Acre