Um levantamento divulgado pelo Portal Poder360 revela que as contas públicas de Rio Branco, passaram de um superávit de R$ 90,6 milhões em 2019, sob a gestão de Socorro Neri, para um déficit de R$ 79,4 milhões em 2023, durante o mandato de Tião Bocalom. A situação coloca Rio Branco em outras 14 capitais brasileiras, onde as finanças públicas se deterioraram no período pós-pandemia.
O resultado primário nominal, que mede a diferença entre receitas e despesas, sem considerar os juros da dívida, é um indicador para avaliar a capacidade de investimento e a saúde fiscal de uma cidade. Quando negativo, como foi o caso de Rio Branco em 2023, ele aponta para um déficit, sinalizando dificuldades para a administração municipal em manter o equilíbrio entre gastos e arrecadação.
A queda nas finanças de Rio Branco faz parte de um cenário mais amplo em que grandes capitais como São Paulo e Rio de Janeiro também enfrentaram desafios fiscais. São Paulo, por exemplo, registrou um déficit de R$ 7,97 bilhões no ano passado, enquanto o Rio de Janeiro, que havia apresentado um superávit de R$ 1,3 bilhão em 2019, terminou 2023 com um saldo negativo de R$ 2,5 bilhões.
Por outro lado, algumas capitais conseguiram melhorar suas contas públicas. Natal, Campo Grande e Florianópolis, que antes apresentavam déficits, conseguiram reverter a situação e registrar superávits em 2023.
O Poder360 levantou os dados no Siconfi (Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro). Os números são declarados pelas administrações municipais ao Tesouro Nacional a cada 2 meses. Para os anos posteriores a 2022, há a opção de selecionar os dados que incluem ou não os gastos e as despesas com o RPPS (Regime Próprio de Previdência Social).