As balsas que fazem a travessia do Rio Acre, em Xapuri, seguem prestando o importante serviço à população, mas de uma maneira um pouco diferente. Diante da grande dificuldade de navegação nas águas rasas do manancial que passa pela sua segunda maior seca na história, as embarcações estão sendo usadas como ponte móvel.
O Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre), que opera o serviço de transporte de veículos e pedestres entre as duas margens do rio, ligado a parte central da cidade ao bairro Sibéria, havia anunciado a medida paliativa há alguns dias, quando a operação normal passou a se tornar complicada.
“Essa intervenção é essencial para melhorar a travessia e proporcionar maior segurança aos usuários. As balsas estão ajustadas conforme necessário para permitir a passagem e facilitar o transporte de cargas e passageiros”, afirmou Sula Ximenes, diretora-presidente da autarquia por meio da Agência de Notícias do Acre.
A travessia pelas tradicionais catraias também precisou de intervenção para não ser interrompido. A escadaria que dá acesso ao ponto de embarque foi estendida até o local em que as embarcações conseguem chegar sem o risco de encalhar ou ficarem presas em balseiros.
A maior seca do Rio Acre já registrada em Xapuri ocorreu no ano de 2018, com a cota de 1,18 metros. O último registro disponibilizado pela estação fluviométrica da Agência Nacional de Águas (ANA), no dia 30 de julho, marcava 1,34 metros. Nos últimos dias, o equipamento não está atualizando os dados.