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Pedido da OEA por transparência na Venezuela é barrado com ajuda de Brasil e Colômbia

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Manifestante de oposição protesta contra vitória declarada por Maduro em eleição na Venezuela - 29/07/2024 (Foto: Alexandre Meneghini/Reuters)

Organização dos Estados Americanos (OEA) não conseguiu na quarta-feira (31) aprovar uma resolução que pedia ao regime da Venezuela que publicasse imediatamente as atas das eleições realizadas do último domingo. O texto precisava de maioria absoluta de votos, mas a abstenção de 11 países, incluindo Brasil e Colômbia, impediu a aprovação.


O México também contribuiu para derrota da resolução, ao se ausentar.


Após a votação de uma sessão extraordinária em Washington, a proposta obteve 17 votos a favor, nenhum voto contra, 11 abstenções e 5 ausências.


Votaram a favor Argentina, Canadá, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Haiti, Jamaica, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname, Estados Unidos e Uruguai.


Se abstiveram Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Granada, Honduras, São Cristóvão e Nevis e Santa Lúcia.


Por fim, Dominica, México, São Vicente e Granadinas, Trinidad e Tobago e Venezuela não participaram da sessão.


O texto exigia que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que deu a Nicolás Maduro a vitória na disputa, publicasse “imediatamente os resultados da votação” em cada seção eleitoral.


Além disso, foi solicitada a verificação completa dos resultados com a presença de organizações observadoras independentes, a fim de garantir a transparência e a credibilidade. A resolução também ressaltava a importância de salvaguardar os direitos humanos na Venezuela, especialmente o direito de se manifestar pacificamente sem represálias.


O ministro das Relações Exteriores do Peru, Javier González-Olaechea, fez forte críticas aos países que se abstiveram, classificando essa posição como “traição” à Carta Democrática da OEA.


“Todos os presentes aqui, incluindo os que estavam ausentes e os que se abstiveram, votaram a favor da Carta Democrática (da OEA), um instrumento destinado a abortar os regimes que querem se perpetuar no poder”, destacou.


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